sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Pesquisa realizada em Minas avalia o potencial da serralha no tratamento do vitiligo

Muito comum em áreas rurais aqui de Minas, a serralha pode ser consumida na forma de chás, sopas e salada, mas recentemente uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Lavras, mostrou que a serralha também pode ajudar no tratamento do vitiligo.

O que é o Vitiligo?

O vitiligo é uma doença não contagiosa caracterizada pela perda de coloração da pele. As lesões tem origem quando a diminuição ou ausência dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção da melanina, o pigmento responsável por dar cor a pele.

As causas das doenças não são muito conhecidas ainda, porém acredita-se que traumas e fatores emocionais podem ter ligação com o seu surgimento.

O paciente portador de vitiligo apresenta como sintoma a aparecimento de lesões cutâneas de hipopigmêntação, com manchas brancas de tamanho variável na pele. O vitiligo não é contagioso e não apresenta prejuízos a saúde física do paciente apesar de alguns pacientes relatarem uma maior sensibilidade nas áreas afetadas.

A principal preocupação dos especialistas em relação ao vitiligo é a saúde emocional e qualidade de vida do paciente, uma vez que a doença exerce forte impacto na autoestima do portador, sendo em alguns casos recomendado até mesmo o acompanhamento psicológico.

Serralha no tratamento do vitiligo.


A Serralha (Sonchus Oleraceus), também conhecida como cerraia, é popularmente consumida na forma de sopa e saladas pode ter potencial uso no tratamento do vitiligo, uma vez que a presença do aminoácido fenilalanina na planta apresenta potencial para repigmentação da pele.

Um estudo realizado na Universidade Federal de Lavras está avaliando a possibilidade da utilização do extrato de serralha no tratamento do vitiligo.

Para a avaliação da capacidade antioxidante do extrato de serralha, os estudos são realizados em peixes zebrafish, popularmente conhecidos como paulistinha ou peixe-zebra, essa espécie de peixe apresenta cerca de 70% dos genes semelhantes aos genes humanos, o que é um número muito maior quando comparado aos camundongos, que são popularmente utilizados em pesquisas.

Durante os experimentos, extratos de serralha em diferentes concentrações foram aplicados nos aquários. Os primeiros resultados mostraram que os extratos causaram toxicidade aos embriões, porém estimularam a capacidade de pigmentação nos mesmos. Os próximos passos são estudar o que acontecem em relação aos genes do peixe.

 

Referências Bibliográficas:

https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/pesquisa-mineira-avalia-potencial-da-serralha-no-tratamento-contra-vitiligo-1.846117

https://bvsms.saude.gov.br/vitiligo/#:~:text=O%20vitiligo%20%C3%A9%20uma%20doen%C3%A7a,%C3%A0%20pele)%20nos%20locais%20afetados.

http://www.stip.org.br/situacoes-de-risco-no-trabalho-podem-dar-origem-a-vitiligo/

https://unebrasil.org/2020/12/06/os-beneficios-da-serralha-planta-medicinal-rica-em-vitaminas/


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