segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Shigella



Shigella



Fonte: CDC

  Shigelose (disenteria bacilar) é uma doença infecciosa causada pela bactéria do gênero Shigella, da família Enterobacteriaceae. Geralmente acomete crianças menores de 5 anos, mas adultos também podem ser afetados pela doença. Os sintomas mais típicos associados são diarreias e desconforto gastrointestinal que geralmente após 5-7 dias desaparecem sem tratamento médico. Entretanto, é necessário ficar atento, pois a bactéria se propaga facilmente e pode causar doenças mais graves em imunodeprimididos, como idosos, grávidas e portadores de HIV.
  Muitos micro-organismos entéricos podem causar disenteria bacilar, porém o único causador da disenteria associada com a doença clínica severa e que pode resultar em morte é a Shigella.
  Estima-se que a taxa global de shigelose seja de 165 milhões de casos por ano, dos quais 163 milhões estão em países em desenvolvimento. Mais de um milhão de mortes ocorrem anualmente nesses locais devido à infecção por Shigella. (About Shigella)


Sintomas
Os sintomas podem surgir nos primeiros dias após o contato com a bactéria e persistirem de 2-7 dias.

- Diarreia, as vezes acompanhada de sangramento e muco
- Febre
- Dor de estômago
- Necessidade constante de evacuar
- Náusea e vômitos

Importante: A espécie Shigella dysenteriae 1 pode causar a síndrome hemolítico-urêmica (SHU), uma doença grave, observada mais frequentemente em crianças e em indivíduos imunodeprimidos. A principal manifestação clínica é a insuficiência renal. Em caso de complicações o paciente tem que recorrer a diálise ou até mesmo transplante renal, dada a gravidade da doença.


Modos de contaminação

- Mãos contaminadas na boca: O modo de infecção oral-fecal é o mais comum na shigelose. Mãos que entraram em contato com as fezes de pessoas contaminadas por Shigella, e não foram devidamente higienizadas, são a maior fonte de contaminação.

  • ·         Mãos que entraram em contato com fraldas de crianças ou idosos infectados;
  • ·         Contato com pessoas infectadas; através do toque nas mãos, principalmente

- Alimentos e água contaminada
  • ·         Os alimentos mais comuns são aqueles que entram em contato com as mãos, como salada, sanduiches e vegetais crus. 

- Ser exposto a fezes durante o contato sexual com uma pessoa infectada

Tem tratamento?
Em caso de diarreia beba bastante água para evitar desidratação e mantenha-se em repouso. Evite sair de casa, ir trabalhar ou à escola, pois a infecção é facilmente transmitida de uma pessoa a outra. Lave as mãos com mais frequência para evitar propagação da bactéria.  Caso persista os sintomas consulte o médico.
O tratamento para shigelose se baseia na administração de antibiótico, porém em casos mais graves alguns antibióticos não são mais efetivos.


Diagnóstico
Identificação da Shigella nas fezes


Como evitar a contaminação por Shigella?
  • ·         Lavar as mãos com água e sabão, principalmente após uso do banheiro, depois de trocar fraldas, antes de preparar os alimentos e antes das refeições;
  • ·         Descarte adequadamente as fraldas sujas e desinfete a área de troca com álcool 70%;
  • ·         Supervisione a lavagem das mãos de crianças pequenas, após uso do banheiro;
  • ·         Evite tomar ou engolir água não tratada ou não fervida
  • ·         Beber água sempre tratada
  • ·         Promover educação sanitária dos manipuladores de alimentos, principalmente


     Fonte: Tua Saúde




Referências

About Shigella. Shigella Food Poisoning. Disponível em:<http://www.about-shigella.com/>. Acesso em: 23 set. 2017.


CDC. Shigella-Shigelosis. 2017.Disponível em:<https://www.cdc.gov/shigella/pdf/shigella-fact-sheet.pdf> Acesso em: 23 set.2017.

Centro de vigilância epidemiológica da Secretária do Estado de São Paulo. Síndrome Hemolítica-Urêmica. Normas e Instruções. 2002. Disponível em:< ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/hidrica/shu.pdf> Acesso em: 25 set. 2017.


Foodsafety.gov. Shigella. Disponível em:<https://www.foodsafety.gov/poisoning/causes/bacteriaviruses/shigella/index.html> Acesso em: 23 set. 2017.

 

Tua Saúde. Quando e como lavar as mãos corretamente. Disponível em:< https://www.tuasaude.com/a-importancia-de-lavar-as-maos/>. Acesso em: 24 set. 2017.

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

HALOBACTERIUM

1) Introdução

Halobacterium é um membro da Archaebacteria. É um organismo unicelular que é rodeado por uma membrana de célula única, cada organismo é semelhante a haste em forma e possui mecanismos de movimento, tais como a utilização de vesículas de gás e flagelos. Requerem um ambiente que fornece cerca de 17% a 23% de NaCl para um bom crescimento. Elas não crescem em soluções com menos de 15% (a água do mar não é suficientemente salgada para elas). Portanto, as halobactérias vivem em ambientes altamente salinos, formando uma enorme população de um pequeno e distinto grupos de bactérias, podendo formar colônias imóveis (Halococcus) ou possuírem um flagelo polarizado (Halobacterium).

2) Desenvolvimento

A estrutura bioquímica da célula (enzimas e ribossomos) não só é tolerante a salinidade excessiva, como a presença de alta concentração de sal é condição primordial para o perfeito funcionamento do metabolismo celular. Algumas bactérias extremamente halófilas apresentam pigmentos vermelhos (carotenóides) na sua membrana, que funcionam como uma proteção natural à alta intensidade luminosa característica natural do meio onde vivem esse tipo de bactéria. Arqueobactérias halófilas extremas são aeróbias com um complexo metabolismo nutricional. Desenvolvem freqüentemente um “rastro” colorido (vermelho/ alaranjado) sobre pele de peixes secos e outros alimentos tratados com sal, além de crescerem otimamente em tanques industriais que produzem sal.
A maioria das halobactérias são obrigatoriamente aeróbias, entretanto algumas espécies de Halobacterium podem gerar ATP por fotofosforilação. Quando espécies de halobactérias estão sujeitas a competição por limitação de oxigênio, elas sintetizam quimicamente uma modificação em sua parede celular. Em células aeróbias, a membrana celular é vermelha devido a alta concentração de carotenoídes. A transformação para a anaeróbias induz o crescimento e síntese de um novo componente: a membrana púrpura. Essa membrana estabelece uma discreta mancha, que pode vir a cobrir metade (ou mais) da área total da membrana e pode ser facilmente distinguido em elétron micrografia de células congeladas. Em presença de luz, o pigmento bacterideofóro age como uma bomba de prótons, convertendo a luminosidade em uma força promotora através da membrana da célula, podendo ser usada para aumentar os níveis de ATP celular. Halobacterium pode gerar ATP anaerobicamente em presença de luz, mas não pode crescer sob essa condição. Fotofosforilação é usada só para aumentar a viabilidade das células em crescimento. A impossibilidade de Halobacterium crescer anaerobicamente, mesmo em presença de luz, reflete a necessidade molecular do oxigênio para a síntese do pigmento retinóide a partir do beta-caroteno.

Curiosidade: O pescado salgado pode ser deteriorado por bactérias halotolerantes, como halofílicas dos gêneros Halococcus e Halobacterium causadores de alterações na cor, sendo vermelhidão a alteração mais ocorrida. A parte do peixe mais suscetível à deterioração são as brânquias. Os primeiros sinais de deterioração são notados quando exalam odor desagradável.

3) Conclusão

Halobacteria é uma promessa na sala de aula, devido à sua alta durabilidade e requisitos de manutenção simples. Estes archaeans podem ser cultivadas a partir de colônias de células, de modo que os estudos sobre o crescimento de halobacteria pode facilmente ser realizado numa instalação de laboratório de escola ou faculdade. Temperatura, oxigénio, concentração de sal, e a exposição à luz são apenas alguns dos fatores que podem afetar o crescimento de halobacteria e a expressão de vários genes, tais como aqueles que ditam o pigmento.

4) Referencias

http://baliga.systemsbiology.net/hs2013/halobacteriainfo 
http://www2.bioqmed.ufrj.br/prosdocimi/chicopros/ensino/didaticos/arqueobacterias.html









domingo, 10 de setembro de 2017

As bactérias lácticas

As bactérias lácticas são um grupo diverso de micro-organismos, associados a carnes, plantas e laticínios, além de serem a microbiota dominante no intestino delgado. São cocos ou bacilos Gram positivos, não esporulados. O principal produto de seu metabolismo é o ácido láctico, tendo esse, um papel importante no processo de fermentação do leite, um dos métodos mais antigos de preservação.

A produção do ácido láctico é rapida, o que provoca diminuição de pH do leite e a remoção da fonte fermentescível, promovendo um ambiente não favorável ao desenvolvimento de micro-organismos.
Além de contribuir com a digestão da lactose, diminuir níveis de colesterol, aumentar a absorção de minerais e produção vitaminas; algumas dessas bactérias possuem funções probióticas, sendo benéficas à saúde, quando ingeridas em quantidades adequadas. São assim consideradas aquelas que aquelas que são resistentes ao ácido gástrico, sais biliares e enzimas digestivas, além disso, devem aderir ao epitélio intestinal. Dentre as vantagens obtidas, há a estimulação e regulação do sistema imune, aumento da resistência a colonização por patógenos, por conta da produção de ácido láctico.
A fermentação pode ser homofermentativa ou heterofermentativa. Homofementativa quando produz apenas ácido láctico; e heterofermentativas, quando produzem também dióxido de carbono e outros compostos flavorizantes, sendo muito usado dessa forma,  com a função de melhorar o sabor e a textura dos alimentos.
            Atualmente, a busca por alimentos funcionais, produtos saudáveis e que promovem o bem estar, aumentou consideravelmente, o que estimulou a produção de alimentos fermentados funcionais. Este crescimento, levou a maior aplicação tecnológica de bactérias ácido lácticas em probióticos.
Uma das tecnologias com báctérias lácticas é microencapsulamento, na qual o material bioativo é selado em pequenas cápsulas, criando uma barreira fisica entre o micro-organismo e o meio exposto. Isso potencializa os efeitos probióticos, por aumentar a proteção ao micro-organismo às condições adversas.
Frente às aplicações citadas, as bactérias ácido-lácticas estão disponíveis no mercado em diversos produtos alimentícios e a procura por esses alimentos está aumentando. Devido a isso, vem se buscando a caracterização do potencial probiótico de diferentes cepas de bactérias ácido-lácticas e o desenvolvimento de novas estratégias de preservação da viabilidade desses micro-organismos visando à obtenção dos efeitos benéficos.
            Além dos fermentados, estudos, mostram a aplicação de báctérias ácido lácticas em chocolates, sucos e barras de cereais. Além desses, é explorado seu sabor e aroma em queijos, também usados na fermentação de pães, vinhos e salsichas.
            Por essas razões, esse micro-organismos são cada vez mais estudados, a procura de mais benefícios para o homem.


Referências

https://www.milkpoint.com.br/industria/cadeia-do-leite/espaco-aberto/bacterias-acidolacticas-principais-caracteristicas-e-aplicacoes-tecnologicas-em-alimentos-105118n.aspx
https://www.embrapa.br/documents/1355163/2005846/doc336151.pdf/4c82dbc8-73bd-4689-a47e-5819e3f1ffc7
http://www.cca.ufscar.br/~vico/Bacterias%20laticas%20na%20fermentacao%20etanolica.pdf
http://www.biologiaviva.xpg.com.br/bacteriaslacteas.htm