domingo, 27 de outubro de 2019

Mel e os principais perigos biológicos, químicos e físicos


A história da apicultura iniciou-se com os egípcios, que há cerca de 4.400 anos atrás, colocavam abelhas em potes de barro. Apesar dos egípcios serem considerados os pioneiros na criação de abelhas, a palavra colmeia vem do grego, pois os gregos colocavam seus enxames em recipientes com forma de sino feitos de palha trançada, nos dias de hoje chamado de colmo.

Atualmente, dentre as diversas operações que compõem o sistema de produção do mel, que é um produto natural amplamente utilizado para fins nutricionais e medicinais; algumas oferecem riscos à saúde do trabalhador, do consumidor e à qualidade do produto, seja pela contaminação com resíduos de agrotóxicos, pela presença de microorganismos nocivos ou substâncias deteriorantes do mel. Devido a isso, são descritos pré-requisitos para implantação das Boas Práticas Apícolas e do sistema APPCC para o mel, que necessita de uma análise segura que confirme sua origem, assim como leis que controlem e regularizem a produção, manipulação, esterilização e rotulagem.
A criação de abelhas é hoje uma importante atividade agropecuária no Brasil, representando trabalho e renda para muitas famílias de pequenos e médios produtores rurais, participando do mercado nacional e internacional. Portanto, é necessário o atendimento de normas que regulamentam o comércio de alimento entre os países do mundo. Essas normas são estabelecidas em fórum internacional e têm o propósito de garantir a comercialização de alimentos seguros. A aplicação destas é uma garantia à saúde dos consumidores dos países importadores, pois sabem que, ao usar os produtos, não estarão pondo em risco sua saúde.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabelece regulamentos de funcionamento para os estabelecimentos que processam mel, exigindo deles programas de garantia da qualidade como as Boas Práticas de Fabricação (BPF), a Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) e a participação no Programa Nacional de Controle de Resíduos para o mel (PNCR). Dentro desses programas, um dos pontos exigidos é a garantia da qualidade da matéria prima. Para tanto, são estabelecidas algumas análises que devem ser realizadas em amostras dos méis nos estabelecimentos processadores, para conferir se as características das amostras estão em conformidade com o determinado na legislação. Estas são chamadas de análises de rotina e estão divididas em três grupos: indicadoras de maturidade, pureza e deterioração. Outras análises também são exigidas, como a de determinar resíduos de pesticidas e medicamentos.
O enfoque das BPA e do sistema APPCC é assegurar a inocuidade dos alimentos, sendo o “perigo” definido como um agente de natureza biológica, química ou física que possa causar danos à saúde do consumidor. Os diferentes tipos de perigos podem provocar consequências de gravidade variável para os seres humanos, resultando em diferentes graus de severidade das patologias.
Ainda, embora de ocorrência remota, pode ocorrer nas diversas etapas da cadeia produtiva do mel, desde a produção, a manipulação na casa do mel e nos entrepostos, a utilização de água contaminada com níveis inaceitáveis de microorganismos patogênicos, parasitas e vírus, para limpeza dos ambientes, equipamentos, utensílios, veículos de transporte e higiene dos trabalhadores.
Os perigos biológicos na produção de mel se relacionam aos trabalhos no campo durante o manejo das colmeias pelo contato direto dos favos com o solo, pois os microrganismos presentes no solo, assim como os advindos da utilização de adubos orgânicos não devidamente tratados podem contaminá-los por bactérias patogênicas (Salmonella spp., Escherichia coli patogênicas, Clostridium botulinum etc.), parasitos (Entamoeba spp., Taenia spp. etc.) e vírus (hepatite etc.). Outros microrganismos presentes no solo são os fungos e leveduras que podem fermentar o mel caso haja aumento de umidade.
 Com exceção do Clostridium botulinum, os demais contaminantes não são preocupantes no mel e derivados, já que estes produtos têm baixo pH, elevada concentração de açúcares e baixa atividade de água (aw). Pesquisas realizadas em amostras de abelhas, cera, mel dos favos, mel centrifugado e grãos de pólen, revelaram a presença de Clostridium botulinum em toda a colônia, sendo que a cera de abelha e o mel dos favos são os produtos mais contaminados.

Imagem: Clostridium botulinum

Não há relatos na literatura de casos de DVA (doenças veiculadas por alimentos) através do mel, a não ser o botulismo infantil. Assim, esse perigo (Salmonela e outras enterobactérias patogênicas) não foi considerado. Entretanto, se o histórico de análises microbiológicas do entreposto indicar problemas, o perigo pode ser considerado.
Com relação aos esporos de C. botulinum, mesmo nessas condições do mel (baixo pH, elevada concentração de açúcares e baixa atividade de água), permanecem por tempo indeterminado e caso o produto seja consumido por crianças pequenas (até um ano), pode produzir o botulismo infantil, caracterizado como infecção com produção de toxina in vivo. O botulismo infantil ocorre pela germinação dos esporos presentes no mel no trato digestivo da criança. Isso, porque a microbiota intestinal protetora ainda não está completa no intestino de crianças de até um ano.
Os principais perigos químicos na produção do mel estão relacionados ao tratamento das abelhas com fármacos, na produção no campo, e a possíveis contaminações provenientes de resíduos químicos de produtos utilizados na higienização dos utensílios e equipamentos nas casas do mel e no entreposto. Ainda é possível a contaminação por defensivos agrícolas.
As contaminações por produtos químicos utilizados na higienização dos equipamentos e utensílios são, normalmente, resultados da falta de treinamento dos colaboradores. Caso o produto químico seja residual nas superfícies que entram em contato direto com o mel, o mesmo pode se contaminar.
Os contaminantes físicos na produção do mel estão relacionados a sujidades (areia, partes do corpo das abelhas, fragmentos da vegetação, farpas de madeira etc.) que vêm do campo e/ou são provenientes da má higienização dos equipamentos e utensílios utilizados no processamento na casa do mel e no entreposto.
Portanto, a garantia da produção de um alimento seguro deve ser o objetivo de todos que atuam na cadeia produtiva do mel e compromisso assumido pelos apicultores, que são os responsáveis pela produção da matéria prima dos entrepostos de mel.

Referências Bibliográficas:

MEDEIROS, D.C.F. e SOUZA, M.F.F. Contaminação do mel: a importância do controle de qualidade e de boas práticas apícolas. Disponível em: file:///D:/_Biblioteca/Downloads/1073-3737-1-SM%20(1).pdf. Acesso em: 27/10/2019.

SEBRAE Nacional (Brasília, DF) PAS Indústria. Manual de Segurança e Qualidade para Apicultura. Brasília: SEBRAE/NA, 2009. PAS Mel. 48 p.: Tab. (Qualidade e Segurança dos Alimentos) Disponível em: https://central3.to.gov.br/arquivo/221865/. Acesso em: 27/10/2019.

SEBRAE Nacional (Brasília, DF) PAS Indústria. Manual de Segurança e Qualidade para Apicultura. Brasília: SEBRAE/NA, 2009. PAS Mel. 86 p.: Tab. (Qualidade e Segurança dos Alimentos) Disponível em: https://central3.to.gov.br/arquivo/221866/. Acesso em: 27/10/2019.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019


Falta de acesso à alimentação de qualidade causa obesidade e subnutrição.

Relatório do UNICEF mostra que pelo menos 227 milhões de pessoas são afetadas por problemas alimentares no mundo.



Em relatório publicado pela UNICEF na ultima terça-feira (15/10/2019) aponta que das 676 milhões de crianças que viviam ao longo de todo o planeta em 2018, cerca de 227 milhões foram afetadas por problemas alimentares, onde uma a cada três crianças com idade inferior a 5 anos apresentam quadro de desnutrição ou sofrem com sobrepeso.

Um total de 149 milhões de crianças em todo o planeta apresenta retardo no crescimento decorrente a desnutrição crônica e 50 milhões são magras em relação a sua estatura, seja por desnutrição aguda ou problemas relacionados à absorção de nutrientes.

Esta situação está intimamente ligada à pobreza, pois os mais afetados são os países mais pobres e as populações que se encontram em situação precária nos países mais ricos. Contudo o estudo aponta que a crença de que crianças de países pobres são mal nutridas e que as de países ricos sofrem com o sobrepeso não mais existe, apresentando-se como uma situação bem mais complexa, havendo lugares onde ambas as situações coexistem juntas lado a lado.

Um bom exemplo onde ocorre esta situação é o México, onde se encontram grandes proporções de crianças desnutridas, de modo simultâneo, uma grande pandemia de obesidade infantil e sobrepeso, considerada uma emergência nacional pelo governo.

As razões que podem ter impacto sobre a nutrição infantil são inúmeras, além disso, as dietas tradicionais tem cada vez mais perdido seu lugar e sido substituídas por dietas ricas em açucares e gorduras e baixos teores de nutrientes.

Uma dieta composta por frutas, legumes, verduras, produtos lácteos e ovos tem se tornado dia após dia mais cara, favorecendo o consumo de alimentos que do ponto de vista nutricional são pobres, porém apresentam custo mais acessível a maioria da população.
De acordo com a UNICEF, 340 milhões de crianças sofrem com carências alimentares, recebendo um número suficiente de calorias, porém não de minerais como ferro e iodo e vitaminas A e C que são indispensáveis para seu desenvolvimento, e que podem impactar em consequências físicas como problemas relacionados ao sistema imune e problemas intelectuais severos tais como, problemas de visão e audição.

Este fenômeno da má nutrição tem origem muito cedo com uma amamentação por período insuficiente, diversificação alimentar com base em produtos impróprios e vai se agravando mais com o acesso a opções de alimentos mais baratos e rápidos, porém ricos em calorias e pobres em nutrientes como é o exemplo do macarrão instantâneo.


A desnutrição ainda segue como o principal problema, uma vez que afeta quatro vezes mais as crianças quando comparada ao sobrepeso. O numero de crianças que recebiam alimentação insuficiente para suas necessidades nutricionais retrocedeu 40% entre os anos de 1990 e 2005, mas prevalece ainda como grande problema em muitos países, especialmente na África subsaariana e no sul da Ásia.

Ao mesmo passo o sobrepeso e a obesidade se desenvolvem rapidamente, com 40 milhões de crianças já afetadas, incluindo crianças de países de baixa renda, onde até 1990 este problema era quase inexistente.

Fonte: https://g1.globo.com/ciencia-e-saude/viva-voce/noticia/2019/10/15/falta-de-acesso-a-alimentacao-de-qualidade-causa-obesidade-e-subnutricao.ghtml

domingo, 20 de outubro de 2019

O microplástico na alimentação

Você sabe o que é plástico e como ele pode estar presente em nossa dieta?
Plástico é um material que como o próprio nome diz, é extremamente versátil, formado por polímeros, isto é, longas cadeias de moléculas que conferem, leveza, moldabilidade, resistência à degradação e sobretudo, menor custo de produção quando comparado com demais matérias-primas como madeira e metais.
Dessa forma, a fabricação e emprego do plástico a partir da segunda metade do século XX teve crescimento exponencial e segue até a contemporaneidade, haja visto que é praticamente impossível imaginar uma realidade em que o plástico não faça parte do cotidiano, como por exemplo no setor de embalagens, produtos cosméticos, higiene pessoal, utensílios cirúrgicos , aparelhos eletrônicos e etc.
No entanto, ao mesmo tempo que tornou a vida da população de modo geral muito mais prática, tem representado um problema ambiental de dimensões globais, justamente pela alta resistência à degradação por fatores abióticos como água, pressão e radiação solar. Resultando em quantidades inimagináveis de plástico que desde o início do processo de produção em massa não foi degradado e perdura até hoje nos ecossistemas.


De acordo com um estudo publicado pela Science Advances em Julho de 2017, cerca de 8,9 bilhões de toneladas de plásticos primários (virgens) ou secundários (oriundos de reciclagem) já foram produzidos desde o final do último século e desse total, cerca de 6,3 bilhões de toneladas viraram lixo enquanto que 2,6 ainda encontram-se em uso. Sendo assim, uma das grandes preocupações com relação ao dados apresentados é a quantidade de lixo plástico que acaba nos mares e oceanos, com uma estimativa de 8 milhões de toneladas por ano, o que acaba por prejudicar a vida marinha e consequentemente a própria humanidade.
 
Imagem 1: Ilha de plástico na costa norte de Honduras. Foto: Caroline Power Photography

Tendo tudo isso em vista, alguns estudos recentes demonstraram que há presença de microplásticos em alguns alimentos como por exemplo o sal comercial de cozinha e a água doce, engarrafada ou não.
Mas o que são microplásticos? São pequenas frações oriundas de outros materiais feitos de plásticos; são considerados microplásticos aqueles que possuem comprimento e/ou diâmetro inferior à 5 mm, sendo muito comuns partículas da escala de micrômetros, isto é, milésimos de 1 mm.
Imagem 2: Microplásticos. Fonte Bossapack. Acesso em 19 de outubro de 2019


De onde vêm essas micropartículas? São inúmeras fontes possíveis para tal, desde a fabricação de pellets que são pequenas esferas plásticas utilizadas como matéria-prima para a fabricação de embalagens, até a lenta degradação mecânica de objetos maiores feitos de plástico, como garrafas PET, sacolas redes de pesca e outros objetos comumente encontradas nos oceanos. Além disso, estima-se que uma das grandes fontes das fibras de microplásticos nos oceanos (cerca de 90%) é a água oriunda da lavagem de roupas, uma vez que cerca de 60% de todas as vestimentas produzidas são feitas a partir de fibras plásticas.
Dessa forma, ao lavar as roupas, milhares de fibras de soltam dos tecidos e saturam os filtros das máquinas, passando através delas e consequentemente passando pelas estações de tratamento, tendo como destino final, o mar, onde ficarão suspensas na água até serem ingeridas por animais como por exemplo crustáceos e peixes que por sua vez serão comercializados e ingeridos por nós, seres humanos.

Imagem 3: Fibras microplásticas. Fonte: Universidade de Barcelona. Acesso em 19 de outubro de 2019


Quais são os problemas associados ao microplástico? Em se tratando da vida marinha, muitos animais acabam por confundir as partículas sintéticas com alimento e as ingerem, dessa forma, inúmeros problemas decorrem desse fenômeno, como por exemplo a obstrução do trato digestivo e muitas vezes rompimento das paredes de seus órgãos pelo fato de apresentarem formato pontiagudo em muitos casos, tornando-se potenciais objetos cortantes.
Já em seres humanos, ainda estão sendo realizados estudos na área, mas já foi demonstrado que além de estarmos ingerindo alimentos contaminados com microplásticos, há microplásticos em forma de fibras suspensas no ar que respiramos, que podem ser originários de diversas fontes como das roupas que vestimos e do atrito de pneus com o asfalto, levantando preocupações dos possíveis impactos sobre a saúde humana ao respirar tais fibras.
 
Ilustração 1: YouTube. Fonte: Mar Sem Fim. Acesso em 19 de outubro de 2019


Dentre os mais diversos efeitos no organismo humano, um que chama a atenção é a adsorção de poluentes orgânicos persistentes (POP’s) por parte das partículas plásticas, isto é, o plástico ao ficar em contato com diversas substâncias orgânicas poluentes que estão presentes também na água dos mares e oceanos, acaba por assimilar essas substâncias contaminantes ao longo de sua superfície, dessa forma, tais substâncias podem ser liberadas dentro do trato gastro intestinal dos animais pela ação de enzimas digestivas.
Outro ponto importante a ser discutido é a questão do Bisfenol A (BPA), que é uma substância empregada na fabricação de alguns tipos de plástico. Comumente encontrada na composição de resinas epóxi que revestem a parte interna de latas metálicas e utilizadas também em papéis térmicos destinados a embalar alimentos. Essa substância é amplamente encontrada no meio ambiente bem como já foi encontrada em amostras de urina de 93% de 2.517 estadunidenses acima de 6 anos de idade pelo Centro de Controle de Doenças (CDC).
Ao ser testada, em laboratório, demonstrou ter impactos sobre a saúde a partir da exposição, chegando a ser proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2011, em especial para a fabricação de mamadeiras. Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e a Sociedade Americana de Endocrinologia, o BPA é um desregulador hormonal, uma vez que pode se ligar aos receptores de estrógeno de diversas maneiras, impactando o sistema hormonal humano. Em outro estudo realizado com ratos, demonstrou-se que houve danos à espermatogênese dos indivíduos cuja gestante foi exposta ao bisfenol A e além disso, foram registrados também alterações do metabolismo e da produção de hormônios na tireoide, resultando em um quadro semelhante ao de hipertireoidismo em humano. No entanto ainda não se tem resultados conclusivos acerca dos efeitos em seres humanos.
Diante deste cenário, o que é possível ser feito? É claro que a utilização do plástico foi fundamental para o desenvolvimento tecnológico da humanidade e sem ele, muitas das tecnologias hoje conhecidas não seriam possíveis. No entanto, é possível e necessário ter consciência sobre como o uso irracional e desenfreado deste material pode levar à danos irreversíveis ao ecossistema e à manutenção das mais diversas formas de vida, incluindo a nossa. Sendo assim, algumas medidas podem ser empregadas, como por exemplo o uso controlado denominados produtos plásticos de uso único, isto é, aqueles como pratos, copos e talheres, canudos e sacolas que são descartados imediatamente após o uso representam de 35% a 40% da produção atual.
Diversos países do continente africano como Tanzânia, Quênia, Ruanda e outros 31 países do mesmo continente já aboliram ou estão lutando para que este objetivo seja alcançado. Na União Europeia também foi aprovada uma decisão que proíbe produtos plásticos descartáveis.
Além de medidas de restrição, pode-se buscar desenvolver materiais alternativos ao plástico e se que sejam biodegradáveis, como por exemplo a fabricação de couro sintético a partir do aproveitamento de casas de uva, e a elaboração de um plástico que seja de fato biodegradável como resinas obtidas a a partir de lignina e penas de aves presente na madeira e descartada pelas indústrias de papel e a partir da coleta de penas de aves de corte em granjas.
 
Imagem 4: Solução alternativa para embalagem plástica na Tailândia. Fonte: Razões Para Acreditar. Acesso em 19 de outubro de 2019


 
Imagem 5: Mercado Original Unverpack criado em Berlim. Fonte: Revista Exame. Acesso em 19 de outubro de 2019


Através da educação pode-se reduzir a utilização de plástico de forma desnecessária, haja visto que em supermercados da Tailândia substituiu-se a utilização de embalagens plásticas para os vegetais comercializados por embalagens feitas a partir de folhas vegetais; na Alemanha, foi criado um mercado no qual não se utiliza embalagens, estimulando o consumidor a levar embalagens reutilizáveis recipientes de vidro e sacolas de tecido. Representando assim, iniciativas inspiradoras para serem adotadas no Brasil e que são necessárias, mas que demandam esforço para que haja de fato uma mudança cultural através da conscientização, que por sua vez pode ter início em diversos setores da sociedade, como nas escolas e dentro dos próprios supermercados, contando com apoio midiático e incentivos governamentais.



Referências bibliográficas
THE PRESENCE OF MICROPLASTICS IN COMMERCIAL SALTS FROM DIFFERENT COUNTRIES. Malásia: Scientific Reports, v. 7, n. 46173, 26 jun. 2017. Mensal. Disponível em: <https://www.nature.com/articles/srep46173#change-history>. Acesso em: 19 out. 2019.
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STUART BRAUN. Onde o plástico é proibido no mundo. 2019. Disponível em: <https://p.dw.com/p/3LGrW>. Acesso em: 19 out. 2019.
OLIVIA GUERRA. Conheça o supermercado sem embalagens: O novo supermercado de Berlim está revolucionando comportamentos enraizados há décadas, introduzindo uma nova experiência de consumo. 2015. Disponível em: <https://exame.abril.com.br/marketing/conheca-o-supermercado-sem-embalagens/>. Acesso em: 19 out. 2019.
YURI VASCONCELOS (São Paulo). Planeta plástico: Criado há cerca de um século, o material polimérico que trouxe inúmeras facilidades à vida moderna tornou-se fonte de um enorme problema ambiental. 2019. Disponível em: <https://revistapesquisa.fapesp.br/2019/07/08/planeta-plastico/>. Acesso em: 19 out. 2019.
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MESQUITA, João Lara. Microplástico – descoberta patética: partículas caem do céu. 2019. Disponível em: <https://marsemfim.com.br/microplastico-descobertas-alarmantes/>. Acesso em: 19 out. 2019.
RIO GRANDE DO SUL. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL. (Comp.). WineLeather: o primeiro “couro vegetal” derivado dos resíduos do vinho. 2017. Disponível em: <https://www.ufrgs.br/iicd/2017/06/14/wineleather-o-primeiro-couro-vegetal-derivado-dos-residuos-do-vinho/>. Acesso em: 19 out. 2019.
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GEYER, Roland; JAMBECK, Jenna R.; LAW, Kara Lavender. Production, use, and fate of all plastics ever made. Science Advances, [s.l.], v. 3, n. 7, p.54-59, jul. 2017. American Association for the Advancement of Science (AAAS). http://dx.doi.org/10.1126/sciadv.1700782. Disponível em: <https://advances.sciencemag.org/content/3/7/e1700782/tab-article-info>. Acesso em: 19 out. 2019.