segunda-feira, 30 de junho de 2014

Salmonela “gaúcha” se torna mais agressiva e resistente

Curiosidade:   Salmonela “gaúcha” se torna mais agressiva e resistente
Médicos e cientistas do Rio Grande do Sul, tem preocupado com novo fenômeno acontecendo. Nos últimos 15 anos tem relatado que, uma variação de salmonela se tornou a principal responsável por contaminações.
A adaptação de um subtipo específico desse micro-organismo ao Estado, tem levado à proliferação de uma espécie de salmonela "gaúcha", tem aumentado sua agressividade, a resistência a antibióticos e a variações de temperatura e acidez.
    A preocupação da região até meados de 1999, era com infecções provocadas pela bactéria Staphylococcus aureus. Com tudo, a legislação gaúcha se tornou rigorosa e passou a cobrar cursos de boas práticas aos manipuladores de alimentos, obtendo bons resultados. Porém, agora o que tem prevalecido a contaminação por Salmonela.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), entre 2000 e 2012 foram registrados 1.289 surtos alimentares em que o agente causador foi identificado. Destes, 60% ocorreram por salmonela. Dos mais de 2,6 mil subtipos dessa bactéria existentes hoje, segundo o professor de Microbiologia de Alimentos da UFRGS Eduardo Cesar Tondo, apenas um responde por cerca de 95% dos casos de infecção por esse micróbio no Estado: a Salmonella enteritidis SE86.
Outro estudo recente demonstrou que, em 1999, apenas 15% das amostras eram resistentes a um tipo de antibiótico conhecido como ácido nalidíxico. Atualmente, esse percentual chega a 100%. Além disso, conforme Tondo, há casos de cepas resistentes a até cinco tipos diferentes de antibióticos, o que dificulta o tratamento. Outra constatação é que a salmonela presente no Estado vem apresentando maior taxa de sobrevivência às tentativas de desinfecção que usam cloro misturado à água e a altas temperaturas.
— Descobrimos que ela se torna 7,5 vezes mais resistente ao ambiente ácido devido a ativação de alguns genes — complementa Tondo.
Os manipuladores tem mantido cuidado na forma de preparo e manejo da comida para que não ocorra uma disparo de surto dede contaminação.

http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vida/noticia/2014/06/salmonela-gaucha-se-torna-mais-agressiva-e-resistente-4518968.html

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Fibras

O que são fibras?

As fibras são partes de grãos, vegetais e frutas que não são digeridas pelo nosso corpo. Elas passam quase que intactas pelo sistema digestivo e são eliminadas pelas fezes, com os movimentos intestinais.
Portanto, as fibras são necessárias para auxiliar todas as outras substâncias alimentares a moverem-se através do sistema digestivo de maneira adequada. Sem fibra suficiente, o processo digestivo pode ficar lento e a constipação (intestino preso) pode ocorrer.

Os principais efeitos fisiológicos atribuídos à fibra alimentar:
  • ·         Função Intestinal

A fibra alimentar, particularmente a fibra insolúvel, ajuda na prevenção da obstipação intestinal, aumentando o peso das fezes e reduzindo o tempo de trânsito intestinal. Esse efeito é ainda maior se o consumo de fibra for acompanhado por um aumento da ingestão de água.

Os ácidos graxos de cadeia curta produzidos durante a fermentação da fibra, pelas bactérias intestinais, são uma grande fonte de energia para as células do cólon, podendo inibir o crescimento e proliferação de células cancerígenas a nível do intestino. Ao melhorar a função intestinal, a fibra alimentar pode reduzir o risco de doenças e outras perturbações, tais como a doença diverticular ou hemorróidas, podendo inclusive ter um efeito protector contra o cancro do cólon.
  • ·         Níveis de glicose sanguíneos

A fibra solúvel pode retardar a digestão e a absorção dos hidratos de carbono, reduzindo desta forma o aumento da glicose sanguínea, que ocorre após a refeição (pós prandial), assim como a resposta da insulina. Esta situação pode ajudar pessoas diabéticas a terem um melhor controlo dos níveis de açúcar no sangue.
  • ·         Colesterol sanguíneo

Resultados de diversos estudos epidemiológicos revelam um outro papel de fibra alimentar na prevenção da doença coronária, ao melhorar o perfil lipídico sanguíneo, e os ensaios clínicos vieram confirmar as conclusões desses estudos. A consistência viscosa das fibras, como a pectina, o farelo de arroz ou aveia, reduz os valores séricos de colesterol total e de colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade ou “mau” colesterol). As investigações continuam a demonstrar simultaneamente que uma dieta rica em fibra alimentar de origem mista também protege contra doença coronária.
  • ·         Outros efeitos

Embora a prevenção da obstipação intestinal, a melhoria dos níveis de glicemia e do perfil lipídico no sangue sejam as principais vantagens de uma alimentação rica em fibra alimentar, existem outros efeitos positivos que merecem ser salientados. Por exemplo, dado que a fibra alimentar aumenta o volume da dieta, sem adicionar calorias, pode ter um efeito saciante, contribuindo para o controlo de peso.

Para beneficiar de todos os efeitos da fibra alimentar é importante variar as suas fontes de origem na dieta. A alimentação rica em frutas, legumes, lentilhas, feijão e cereais integrais não só fornecer fibra alimentar, como também nutrientes e outros componentes dos alimentos essenciais para a saúde.

Onde encontro fibras na minha alimentação?

Recomenda-se para uma alimentação mais saudável: a redução do consumo de alimentos com alto teor de gordura associada à ingestão de fibras alimentares. Ao selecionar sua dieta diária, inclua verduras, legumes e frutas sempre que possível com casca (bem lavada). Prefira comer frutas, em vez de beber sucos.

Recomendação diária de fibras: 25 a 35g

A quantidade de fibras contidas em alguns alimentos pode ser encontrada na tabela abaixo:


Alimento (g)
Quantidade (g)
Fibras total (g)
Feijões cozidos
182
19,1
Farelo de aveia
94
14,5
Tomate
262
11,8
Soja cozida
172
10,3
Nozes
143
7,3
Espinafre
190
7
Alface
539
6,5
Espaguete
140
6,3
Batata doce
196
5,9
Brócolis
184
5,5
Mamão papaia
304
5,5
Passas
145
5,4
Pêra
166
5,1
Cenoura
146
4,8

Fonte: United States Department of Agriculture

terça-feira, 17 de junho de 2014

Disenteria bacteriana

     Também conhecida como Shigelose, a Disenteria bacteriana é causada, principalmente, pela ingestão de determinadas bactérias que podem provir de água ou alimento contaminado. É uma infecção bacteriana do revestimento dos intestinos 

Causas
A shigelose é causada por um grupo de bactérias chamadas de Shigella.
Existem vários tipos de Shigella.
  • Shigella sonnei, também chamado "grupo D" A shigellaé responsável pela maior parte dos casos de shigelose nos Estados Unidos.
  • A shigella flexneriou Shigella Shigellado "grupo B" causa quase todos os outros casos.
  • A shigella dysenteriae tipo 1 é raro nos EUA, mas pode levar a epidemias mortais em países em desenvolvimento.
      As pessoas infectadas com a bactéria a liberam nas fezes. A bactéria pode se espalhar de uma pessoa infectada contaminando a água ou alimento ou contaminando diretamente outra pessoa. A entrada de apenas um pouco da bactéria Shigella na sua boca é suficiente para causar os sintomas.
    Epidemias de shigelose estão associadas ao saneamento deficiente, água e alimentos contaminados e condições de vida em aglomerações.
    A shigelose é comum entre viajantes em países em desenvolvimento e trabalhadores ou residentes de campos de refugiados.
     A condição é vista muito comumente em creches e locais de vida em grupo


Sintomas de Disenteria bacteriana
    Os sintomas geralmente se desenvolvem cerca de 1 a 7 dias (média de 3 dias) após o contato com a bactéria.
      Os sintomas incluem:
  • Dor abdominal aguda (repentina) ou cólicas
  • Febre aguda (repentina)
  • Sangue, muco ou pus nas fezes
  • Dor retal com cólicas (tenesmo)
  • Náusea e Vômitos
  • Diarreia aquosa

Tratamento de Disenteria bacteriana

      O objetivo do tratamento é repor líquidos e eletrólitos (sal e minerais) perdidos na diarreia.
Medicamentos que interrompem a diarreia geralmente não são dados porque fazem com que a infecção leve mais tempo para desaparecer.
   Cuidados de saúde pessoal para evitar desidratação incluem beber soluções com eletrólitos para repor líquidos perdidos na diarreia. Diversos tipos de soluções com eletrólitos são vendidos sem receita.
    Antibióticos podem ajudar a diminuir a duração da doença e ajudam a evitar que se espalhe para os outros do grupo ou da creche. Também podem ser prescritos para pacientes com sintomas graves. Os antibióticos usados com frequência incluem sulfametoxazola e trimetoprim (Bactrim), ampicilina, ciprofloxacino (Cipro), ou azitromicina.
    Se você estiver com diarreia e não conseguir beber líquidos pela boca por causa de náusea intensa, você pode precisar de cuidados médicos e líquidos intravenosos ( via intravenosa). Isso é especialmente comum em crianças pequenas.
      Pessoas que tomam diuréticos ("fluidos aquosos") podem ter que parar de tomar esses remédios se tiverem enterite aguda por shigella. Nunca pare de tomar nenhum remédio sem primeiro consultar seu médico.

Expectativas
Muitas vezes a infecção é moderada e desaparece sozinha. A maioria dos pacientes, exceto crianças mal nutridas e aqueles com sistema imunológico enfraquecido, têm uma perspectiva excelente.

Complicações possíveis
As complicações podem incluir:
  • Desidratação severa
  • Síndrome hemolítico-urêmica (SHU), uma forma de insuficiência renal com anemia e problemas de coagulação
  • Artrite reativa
Cerca de 1 em cada 10 crianças com enterite grave causada por shigella desenvolve problemas neurológicos incluindo convulsões febris ou doença cerebral (encefalopatia) com cefaleia,letargia confusão, e pescoço enrijecido.

Prevenção

A prevenção envolve manipulação, armazenagem e preparo adequado de alimentos, além de boa limpeza. Lavar as mãos é a medida preventiva mais eficiente. Evite alimentos e água contaminados. 

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Treinamento no RU da Unifal-MG. HIGIENE E BOAS PRÁTICAS DE MANIPULADORES

Treinamento no RU da Unifal-MG - Análises Microbiológicas

Fitoestrogênio


São compostos químicos encontrados naturalmente em certas plantas, incluindo alimentos como grãos integrais, verduras, feijão e alho. A investigação científica mostra que os fitoestrógenos podem imitar a ação do estrogênio. Na medicina alternativa, suplementos dietéticos que contêm fitoestrogênios são por vezes usados ​​para proteger contra cânceres hormônio-dependentes, doenças cardíacas, osteoporose e sintomas da menopausa.




Mecanismo de ação

Os fitoestrogênios se ligam aos receptores de estrogênio (ER) e, através de elementos de resposta do estrogênio, estimulam a transcrição dos genes de células específicas. No entanto, por competirem com o estradiol (E2) nos sítios de ligação,
podem também atuar como antagonistas de estrogênio, reduzindo a disponibilidade de estradiol (E2) nas células alvo.

Fontes de fitoestrogênios

- Linhaça: Rica em fibras e ácidos graxos ômega-3, apresenta um tipo de fitoestrogênio (lignana) que pode reduzir os níveis de colesterol (especialmente em mulheres na pós-menopausa) e ondas de calor.

- Soja: contém fitoestrogênios compostos chamados isoflavonas (antioxidantes). Estudos preliminares indicam que a soja também pode ajudar a manter os ossos fortes, bem como diminuir ligeiramente o risco de câncer de mama.

- Nopal: esta planta contém uma alta porcentagem de fitoestrogênios que pode ajudar a reduzir os sintomas da menopausa, como rubores, insônia, irritabilidade e osteoporose, entre outros. Este vegetal pode ser incorporado em diferentes preparações, como por exemplo, saladas, caldos, refogados ou sobremesas.

- Trevo vermelho: fonte de isoflavonas, é uma erva usada frequentemente para aliviar os sintomas da menopausa e pode reduzir risco de câncer de próstata.

- Alfafa e lúpulo

        
Estudos na investigação dos benefícios dos fitoestrogênicos estão sendo cada vez mais desenvolvidos.