sábado, 4 de setembro de 2021

Estudo sugere a ligação entre microbiota intestinal e retardo do envelhecimento

 


Os primeiros estudos relacionando alimentos fermentados consumidos surgiram no ano de 1895 por meio do cientista russo Elie Metchnikoff, na época não foi acreditado nem tão pouco bem-visto, agora muitos anos mais tarde cientistas reconhecem a importância da microbiota interna na regulação de doenças, até mesmo relacionam a ação de tais microrganismos com o retardo do envelhecimento como vem sendo estudado pelos pesquisadores da University College Cork, na Irlanda. 

Mas o que seria esta microbiota em si? Contextualizando de maneira breve a microbiota interna consiste na população de microrganismos (bactérias, vírus e fungos) que habitam de maneira benéfica nosso organismo, essa população é tão rica e tão diversa que se estima que haja mais destes microrganismos que células propriamente ditas em nosso corpo, e eles atuam diariamente mantendo a integridade das mucosas, aumentando a imunidade, e por vezes dificultam a ação e reprodução de possíveis agentes causadores de doenças, esses microrganismos por seus efeitos são também chamados de probióticos. 

E segundo o estudo da universidade irlandesa, afirma-se que o processo de envelhecimento, especialmente em mamíferos acaba por acarretar alterações nesta microbiota relacionando-se aos problemas de saúde e fragilidade nas populações idosas, o que é uma grande novidade é a relação dos probióticos com a saúde do cérebro e especialmente nos processos de envelhecimento 

Como vem sendo verificado na hipótese, os cientistas irlandeses retiraram bactérias do intestino de camundongos jovens e implementaram em camundongos idosos a fim de observar as alterações neurológicas dos mesmos. E posteriormente ao se utilizar de um labirinto, os que haviam passado pelo transplante de bactérias fecais possibilitou que os camundongos mais velhos encontrassem a plataforma oculta de modo mais veloz 

De modo geral, os pesquisadores verificaram que os produtos químicos na região do cérebro envolvida no aprendizado e memória eram mais parecidos com os de camundongos jovens após a realização do transplante de microbiota, o que se justifica pelas bactérias fecais atuaram atingindo as micróglias, células neurais que influenciam na evolução de doenças degenerativas, concluindo consequentemente que por meio da ação dos lactobacilos vivos, efeitos de envelhecimento como aprendizado, memória e deficiências imunológicas podem ser recuperados. 

Referência: 

Efeitos do envelhecimento podem ser revertidos por bactérias do intestino, disponível em:< https://olhardigital.com.br/2021/08/10/medicina-e-saude/efeitos-do-envelhecimento-podem-ser-revertidos-por-bacterias-do-intestino/ > 

   

Nenhum comentário:

Postar um comentário