quinta-feira, 31 de maio de 2018

Vibrio vulnificus X frutos do mar



Vibrio vulnificus é uma espécie de bactéria gram-negativa, em forma de curva e halofílica encontrada em ambientes marinhos e está associada a várias espécies como o plâncton, crustáceos e peixes ósseos. Sua relevância em Saúde Pública está fortemente associada ao consumo de alimentos marinhos in natura ou inadequadamente cozido. Cabe ressaltar, que a espécie também pode causar infecção cutânea a partir de ferimentos e lesões superficiais expostas ao ambiente aquático.




Quais as formas de infecção por Vibrio vulnificus?


Há duas formas que levam à infecção por Vibrio vulnificus. Sendo que, a maioria das infecções “primarias” são devido ao consumo de frutos do mar cru ou mal cozido, especialmente ostras cruas e também por contaminação cruzada no preparo de alimentos ou pela higienização dos alimentos com água do mar. As infecções primarias são mais graves com uma taxa de mortalidade superior a 50%. Já o segundo tipo de infecção por Vibrio vulnificus ocorre quando um indivíduo com uma ferida exposta se banha na água do mar, onde contém altas concentrações de bactéria Vibrio vulnificus. As taxas de mortalidade são cerca de 15% para infecções por feridas.


Alimentos associados: A bactéria é frequentemente encontrada em ostra, mexilhões, caranguejos e outros mariscos.




                                                                                                                  Ostra



Sinas e sintomas da infecção por Vibrio vulnificus

Sintomas: Incluem mudanças súbitas na taxa de respiração, falta de ar, batimentos cardíacos rápidos ou irregulares, o funcionamento cognitivo prejudicado, dores abdominais severas e outras questões digestivas.

Sinais: Celulite e lesões cutâneas severas.
A celulite é uma infecção aguda das camadas dérmica e subcutânea da pele. Os sintomas incluem vermelhidão da pele, dor juntamente com a formação de bolhas dolorosas.


Diagnóstico: Isolamento do organismo de feridas, fezes e a realização de exames de sangue.


Tratamento: Hidratação oral ou endovenosa para indivíduos com gastrenterite, na qual podem necessitar também de tratamento com antibióticos (tetraciclina e cefalosporinas que são medicamentos de escolha). As lesões também devem ser tratadas com antibiótico.


Algumas medidas preventivas para você que ira curtir o feriado de Corpus Christi em cidades litorâneas

● Consumir frutos do mar adequadamente cozidos.

● Educação dos manipuladores de alimentos sobre contaminação cruzada.

● Não toque em frutos do mar crus se você tiver um corte aberto ou ferida. Também evite atividades na água do mar como natação e pesca até que o corte esteja completamente curado.


Referencias:
https://www.infoescola.com/moluscos/ostra/






quarta-feira, 23 de maio de 2018

Bactéria Patogenica - Clostridium botulinum


                             
 Clostridium botulinum



O Clostridium botulinum é um bacilo gram positivo, formador de esporos, anaeróbio putrefativo, móvel por flagelos e são encontrados amplamente distribuídas na natureza: no solo e na água, nas plantas, em trato intestinal de animais e peixes e desenvolvem-se apenas em pouco ou nenhum oxigênio. O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.
  • O botulismo é considerado uma das doenças mais graves conhecidas no mundo. É uma doença microbiana rara e agressiva, causada pelo agente Clostridium botulinum, encontrada em alimentos em conserva ou enlatados sem os devidos cuidados sanitários. 
Alguns alimentos, principalmente aqueles em conserva, se não forem adequadamente manipulados e estocados, podem se transformar em um excelente meio para a proliferação do Clostridium botulinum.
Os microrganismos que circundam nosso meio, assim como nós, necessitam de nutrientes para se desenvolver e perpetuar a sua espécie, entretanto, essa necessidade pode ser prejudicial tanto a seres humanos como aos animais. Através da invasão desses pequenos organismos em alimentos, há uma deterioração e diminuição do tempo de vida útil, tornando-se inviável para utilização nutricional.


Transmissão 

As bactérias produzem uma toxina que causam vários tipos de botulismo:

Botulismo alimentar: Forma mais comum de botulismo. A bactéria Clostridium botulinum se desenvolve em alimentos com baixo oxigênio e produz toxinas que são transmitidas através da ingestão. Entre os alimentos mais afetados, encontram-se vegetais enlatados (espinafre, feijão verde ...), conservas de atum ou peixe fermentado. 

Botulismo infantil: Causado pela colonização do intestino por Clostridium botulinum. A contaminação ocorre pela ingestão de mel ou de poeira com esporos da bactéria. O botulismo infantil afeta principalmente crianças com menos de um ano, mas, às vezes, pode afetar adultos.

Botulismo de feridas: Aqui, a contaminação ocorre através de uma ferida aberta. É uma forma muito rara da doença que afeta principalmente as pessoas que usam drogas por seringas.
                                     
 Sintomas 
  •  A toxina afeta o sistema nervoso. Os sintomas geralmente aparecem dentro de 18 a 36 horas, mas às vezes pode aparecer dentro de um mínimo de 4 horas ou até 8 dias depois de as comer, visão dupla, pálpebras caídas, dificuldade para falar, engolir e respirar. Se não for tratada torna-se fatal em 3 a 10 dias.
  • A doença se mostra de forma súbita e progressiva. Os sinais e sintomas são gastrintestinais e neurológicos;

  •  Com a evolução da doença, a fraqueza muscular pode se propagar para os músculos do tronco e dos membros. Isso ocasiona dificuldade em respirar e em atos como o de engolir e mastigar;

  •  Entre os sintomas neurológicos estão a dor de cabeça, a vertigem, tontura, a visão turva e as pupilas dilatadas que não reagem à luz;

  • Os sintomas gastrintestinais são náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal.

Prevenção para o Botulismo

É possível prevenir o surgimento do Botulismo através de uma dieta balanceada e bem preparada, já que o principal motivo do problema está no consumo de alimentos em conserva produzidos de forma indevida ou fora do prazo de validade, como aspargos, milho, feijão, palmito, entre outros. Além disso, lavar bem os alimentos antes de consumi-los, cozinhar as verduras e legumes, evitar o consumo de carnes cruas e manter sempre a higiene na cozinha.
Tratamento para botulismo

Existe um antídoto para a toxina botulínica, chamado soro antibotulínico (SAB). Este tratamento, porém, só atua contra a toxina circulante no sangue, ou seja, contra aquelas que ainda não se fixaram aos nervos. Portanto, quanto mais precocemente o soro antibotulínico for iniciado, maior será a sua eficácia. Antibióticos, como a penicilina, podem ser usados nos casos de botulismo por feridas, ajudando a eliminar qualquer bactéria que esteja se reproduzindo dentro das lesões. Nos pacientes alérgicos à penicilina, o Metronidazol é uma opção.

Notificação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que os pais não dêem mel para seus filhos com menos de um ano de idade. A preocupação é com o botulismo, doença potencialmente fatal causada por bactérias. O mel caseiro, embalado sem controle adequado, muitas vezes abriga os microrganismos -- estudos mostraram a presença deles em cerca de 5% do mel brasileiro.



Referências




quarta-feira, 9 de maio de 2018

Contaminações alimentares por Escherichia coli




                                                                     Fonte: www.vidaativa.pt

A Escherichia coli é uma bactéria que abita o intestino humano e de animais de sangue quente. Esta bactéria possui forma de bacilo, é Gram-negativa, não esporulada, é anaeróbia facultativa e fermentadora de açucares. Embora a maioria das estirpes de Escherichia coli serem inofensivas, algumas de suas espécies podem causar graves problemas de saúde. As principais estirpes que causam infecções intestinais são: E. coli enterotoxigênica, enteroinvasiva, enteropatogênica e enterohemorrágica.
·         E. coli  enterotoxigênica: provoca diarreia aquosa, chamada diarreia do viajante, pode ocorrer febre baixa, cólicas abdominais, náuseas e fadiga. Isso ocorre, pois essa espécie possui capacidade de fixar-se à mucosa do intestino e produzir toxinas. Os sintomas podem durar de 3 a 19 dias.
·         E. coli enteroinvasiva: causam arrepios, febres, fezes com sangue e dores abdominais e de cabeça. Devido a fagocitose dessa bactéria pelo enterócito (célula mucosa do intestino), onde se multiplicam e invadem outros enterócitos, levando a morte das células. Os sintomas se iniciam de 8 a 24 horas após a ingestão de alimento contaminado.
·         E. coli enteropatogênica: leva a uma diarreia aquosa e dificulta a absorção de nutrientes em recém-nascidos, devido a lesões provocadas nas microvilosidades. Podem provocar também febre, arrepio, dores abdominais, vômito e náuseas.
·         E. coli entehemorrágica: provoca diarreias sanguinolentas, devido a toxina produzida por essas estipes, causando a morte das células do intestino grosso. Também pode provocar vômito e cólicas, e o período de incubação é de 3 a 9 dias. Cerca de 5% a 10% das pessoas infectadas por essa espécie desenvolvem a Síndrome Hemolítica-Urémico e a Púrpura Trombocitopênica Trombótica, doenças que causam insuficiência renal aguda e fenômenos de trombose.

Transmissão

A transmissão da E.coli acontece principalmente pela via oral/fecal, ou seja,  através da ingestão de água e alimentos contaminados por fezes de animais ou humanas, devido ao saneamento deficiente, más praticas de fabricação e falta de higiene pessoal dos manipuladores de alimento.
Carnes mal cozidas, leite não pasteurizado, vegetais crus mal lavados, sucos não pasteurizados e queijo são alguns dos alimentos que podem provocar surtos de contaminação por  E. coli.

Tratamento

O tratamento de infecção por E. coli vão depender dos sintomas e da idade da pessoa, mas geralmente é tratada com:
·         Repouso;
·         Aumento no consumo de água tratada;
·         Alimentação leve;
·         Medicamentos orientados pelo médico para aliviar dor e desconforto.

Prevenção

1.    Higiene pessoal:

Lavar as mãos com sabão e agua corrente potável antes de comer e após o uso do banheiro, troca de fraudas, contato com animais e alimentos crus.


2.    Manipulação de alimentos

·         Lavar as mãos com sabão e água potável antes de manipular os alimentos;
·         Utilizar talheres e utensílios de cozinha limpos;
·         Manter as áreas da cozinha e refeições limpos;
·         Pessoas com diarreia ou vômitos não devem manipular alimentos.

3.    Evitar contaminação cruzada

·         Manter alimentos crus separados dos cozidos;
·         Usar utensílios diferentes para alimentos crus e cozidos.

4.    Alimentos seguros

·         Cozinhe bem os alimentos;
·         Lavar bem os vegetais e frutas, retirar a casca se for consumido cru;
·         Manter os alimentos em temperaturas seguras, abaixo de 5°C ou acima de 60°C.

Referencias

Alves, A. R. F. Doenças alimentares de origem bacteriana. 87f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas). Faculdade de Ciências da saúde, Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2012.

E. coli: principais fontes de contaminação e prevenção. Disponível em <www.vidaativa.pt> Acesso em 05 de maio de 2018.

Escherichia coli. Disponível em <www.todamateria.com.br/eschericchia-coli> Acesso em 07 de maio de 2018.



terça-feira, 1 de maio de 2018

Cuidados com o consumo do Ovo de Páscoa




                                                                                                            Fonte: Organizzada.com
                          
Páscoa e chocolate no Brasil são praticamente sinônimos, tendo uma grande procura não somente pelas crianças como também por adultos.

Com tal procura as empresas, assim, como a fabricação caseira de ovos procurou uma nova opção para atrair ainda mais consumidores, sendo essa os ovos de páscoa de colher. Despertando a curiosidade de novos consumidores em busca de uma nova opção e novos recheios.

Porém em conjunto com o sua beleza e atração para o consumo, o perigo também pode vir junto, como instruções sobre seu consumo, produção e armazenamento. Tais informações por se tratarem em sua maioria de fabricação caseira ficam falhas.
Coisas importantes sobre esse consumo do ovo de páscoa é que diferente do ovo de páscoa tradicional que pode ser consumido em vários dias desde que armazenado sob refrigeração e devidamente tampado, o ovo de colher por ser um ovo recheado deve ser consumido em um dia, no máximo 2 dias desde que a colher que se utiliza para consumi-lo não seja colocada em consumo com o ovo de páscoa após colocada em contato com a boca, devido ao risco de proliferação de microrganismos  oriundos da saliva do consumidor. Como já dizia a vovó “Não se pode colocar a colher de volta no doce se não azeda”.

Outro ponto importante sobre os ovos de páscoa em produções caseiras que se deve ficar muito atento é sobre a procedência da fabricação desses ovos de páscoa, como os ingredientes utilizados para a fabricação do recheio, a higiene do ambiente onde está sendo produzido.

Tendo em vista tais observações, a RDC 259/2002 cita “Quando necessário o rótulo deve contes as instruções sobre o modo apropriado de uso, incluídos a reconstituição, o descongelamento ou o tratamento que deve ser dado pelo consumidor para o uso correto do produto”, Porém tais produtos não trazem essas informações, e com tal risco principalmente para crianças e idosos que são mais susceptíveis a Toxinfecções alimentares, alguns cuidados devem ser tomados como os requisitos de higiene do fabricante, consumir o ovo de preferência em um dia, utilizar várias colheres sem repetir o uso de uma que já tenha tido contato com a saliva.
Com todos esses recadinhos, tenham uma ótima páscoa!!!

Referências:
http://organizzada.com/inspire-se-nas-imagens-para-deixar-a-decoracao-de-pascoa-da-sua-casa-muito-mais-bonita-alegre-e-tematica/#jp-carousel-15084