segunda-feira, 27 de abril de 2020


       Manutenção, limpeza e organização da geladeira e a vida útil dos alimentos

   Um dos problemas de uma geladeira mal organizada é a ocorrência de contaminação cruzada, que é a transferência de microrganismos patogênicos de um alimento contaminado para outro que não esteja contaminado. A ingestão desses alimentos pode ocasionar uma intoxicação alimentar. E para acabar com esse problema, faz-se necessário uma limpeza e organização da geladeira.
         Antes da organização em si, devemos higienizar a geladeira a fim de aumentar ainda mais a vida útil dos alimentos e evitar a contaminação cruzada e, consequentemente, uma intoxicação alimentar.
          Para realizar a limpeza externa, prepare uma mistura de 500mL de água com 8 gotas de detergente e armazene em um borrifador. Espalhe a solução por toda parte externa da geladeira e passe um pano úmido, a fim de retirar o excesso da solução.
          Já para a limpeza interna é necessário desligar a geladeira e retirar todos os produtos. Depois, deve-se fazer uma análise e separação dos alimentos deteriorados e não deteriorados. Posteriormente, deve-se pegar um pano limpo e umedecê-lo com álcool 70% e passar por todas as partes da geladeira, a fim de eliminar todas as bactérias superficiais.
          Antes de organizar a geladeira novamente, é importante salientar que cada parte dela atinge uma temperatura diferente. Sendo assim, existe uma maneira mais adequada de organização dos alimentos, com o intuito de conservá-los por mais tempo e evitar intoxicações.

 
Fonte: Google imagens
Congelador
O congelador é o lugar ideal para armazenar alimentos congelados ou que precisam ser conservados a uma temperatura mais baixa como carnes e alimentos prontos, por exemplo.  É importante ressaltar que uma vez descongelado, o alimento não deve ser novamente congelado.

Gaveta superior
Essa parte da geladeira é o segundo lugar com menor temperatura da geladeira e é ideal para guardar os frios, manteigas, peixes e carnes que serão preparados logo após seu descongelamento.

Prateleira superior
Quanto mais para baixo da geladeira, maior é a temperatura. Por isso, a prateleira superior é ideal para acondicionar leites e seus derivados como queijo, requeijão, iogurte, etc. Os ovos devem ser armazenados nesta prateleira, de preferência em uma caixa plástica ou acrílica tampada, a fim de evitar uma contaminação por bactérias, como a Salmonella sp., causadora da doença chamada Salmonelose.

                                      
Fonte: Google imagens

Prateleiras intermediárias

As prateleiras intermediárias são boas opções para conservar alimentos prontos para o consumo, ou seja, tudo que for consumido rapidamente. Doces, sopas e caldos devem ser armazenados nesses locais, de preferencia em potes de plástico ou vidro e fechados com tampa.

“Cuidado ao escolher os potes, adquira aqueles que são livres de BPA, sustância que pode se desprender do plástico em contato com o alimento quente, contaminando-o.”, indica a personal organizer Juliana Faria.

Prateleira inferior/Gaveta inferior
A prateleira e a gaveta inferiores são os locais menos refrigerados e, portanto, é o local mais apropriado para armazenar frutas, legumes e verduras, que são alimentos mais sensíveis às baixas temperaturas e muito perecíveis.

Porta
A porta da geladeira é o local que sofre maior variação de temperatura devido ao abre e fecha constante do dia a dia. Por isso, é o local ideal para alimentos industrializados de consumo rápido como bebidas, molhos, conservas, temperos e grupos de alimentos que não sofrem com a oscilação de temperatura.
          Seguindo essas dicas de manutenção, limpeza e organização, tanto sua geladeira quanto seus alimentos terão uma vida útil bem mais longa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  • https://www.decorfacil.com/como-organizar-geladeira/
  • http://www2.ebserh.gov.br/documents/147715/0/Limpeza+e+desinfec%2B%C2%BA%2B%C3%BAo+de+superf%2B%C2%A1cies+4.pdf/9801ccd7-6118-466b-a34c-bfa37b73b640
  • https://www.agazeta.com.br/colunas/lucy-mizael/como-limpar-a-geladeira-por-dentro-e-tirar-o-cheiro-ruim-1119






domingo, 26 de abril de 2020

Dieta com excesso de sal pode levar ao enfraquecimento do sistema imunológico

Dieta com excesso de sal pode levar ao enfraquecimento do sistema imunológico
Sabe-se que dietas ricas em sal apresentam malefícios à saúde, como aumento da pressão sanguínea, que eleva os riscos de um ataque cardíaco e derrame, porém em um estudo realizado na Universidade de Bonn na Alemanha descobriu-se que uma dieta rica em cloreto de sódio pode afetar significativamente o sistema imunológico.

Fonte: Metrópole; disponível em: https://www.metropoles.com/saude/conheca-os-riscos-de-consumir-sal-em-excesso

De acordo com a Organização Mundial da Saúde não é recomendado que uma pessoa adulta  consuma mais do que 5 gramas de sal por dia, porém números do instituto Robert Koch sugerem que entre os alemães, esse valor seja excedido, onde homens consomem em média 10 gramas de sal por dia e mulheres consomem 8 gramas.
O corpo humano é capaz de manter a concentração de sal em níveis constantes no sangue e nos vários órgãos, do contrário alguns processos biológicos de grande importância seriam afetados. A pele também é uma importante fonte para a excreção do sal, atuando como um reservatório, alguns estudos realizados em animais indicam que uma dieta com teor elevado de sal melhora significativamente a cura de doenças causadas por parasitas que afetam a pele, uma vez que os macrófagos que são as células do sistema imunológico que atuam na eliminação de parasitas são particularmente ativos na presença de sal. Outro mecanismo de eliminação do sal é por filtração renal e eliminação na urina, os rins apresentam sensores de cloreto de sódio que ativam a excreção do sal quando está em excesso, porém como efeito colateral indesejável, este sensor faz com que hormônios chamados glicocorticoides se acumulem no corpo, sendo estes responsáveis pela inibição da função das células de defesa mais comum no corpo humano, os granulócitos, principalmente neutrófilos que são importantes na defesa contra infecções causadas por bactérias.


Fonte: BML Patologia; disponível em: http://bmlpatologia.com.br/noticias/t/vacinas-de-celulas-tronco-podem-frear-desenvolvimento-de-cancer

 Durante a realização do estudo foi observado que em camundongos acometidos por infecção por Listeria, um patógeno encontrado em alimentos contaminados, e que foram submetidos à dieta rica em sal apresentavam cerca de 100 a 1000 vezes mais patógenos no baço e fígado, também foi observado que a cura de infecções do trato urinário ocorria de forma muito mais lenta nos camundongos submetidos à dieta com excesso de sal.
Foi observado que esse efeito negativo ao sistema imunológico também ocorre em humanos, voluntários consumiram 6 gramas de sal  além da ingestão diária e uma semana após tiveram sangue coletado para análise dos granulócitos e foi observado uma piora na resposta das células frente as bactérias, também foi observado que os níveis de glicocorticoides foram elevados, levando a inibição dos sistema imunológico.

Referências bibliográficas:

JOBIN, K. et al. A high-salt diet compromises antibacterial neutrophil responses through hormonal perturbation. p. 1–14, [S.d.].

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Entomofagia e segurança alimentar


 








Figura 1: Fonte: Universidad del Claustro de Sor Juana. Acesso em 15 de abril de 2020.

     De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a estimativa é de que em 2050, a população mundial será de aproximadamente 9,1 bilhões em contraste com o que temos hoje de cerca de 7,6 bilhões. Mas quais são os impactos atrelados ao crescimento populacional para a alimentação? Com uma população mundial de 9,1 bilhões, estima-se que haverá a necessidade do aumento da produção de alimentos em 70%, isto é, aumentar em 1 bilhão de toneladas a produção de cereais e em cerca de 200 milhões de toneladas em termos de produção de carne; uma vez que a fome representa um dos maiores desafios para a segurança alimentar mundial.
     Muito tem se discutido acerca do consumo consciente de carne, vide o crescimento dos movimentos em prol do vegetarianismo, que consideram diversos pontos, como os direitos dos animais e a forma exploratória como são tratados pelos sistemas de produção, e questões ambientais, neste caso, a insustentabilidade da produção de carnes, uma vez que grande parte das regiões destinadas para o agronegócio tem como objetivo, alimentar o gado, que além da ocupação de espaço físico e necessidade de alimento, demanda grande quantidade de água e é responsável pela emissão de gases de efeito estuda em larga escala.
     Nesse sentido, como garantir a segurança alimentar para as pessoas, tendo em vista que o modo de produção de carne atualmente já é insustentável para os recursos naturais do planeta e ainda assim não atende as demandas das sociedades?
Uma alternativa interessante que tem ganhado espaço para discussão é a entomofagia, isto é, o consumo de proteína derivada de insetos, que é um traço comum de diversas culturas ao redor do mundo, abrangendo 130 países e 3071 grupos étnicos com 2086 espécies comestíveis.
     Os insetos podem ser consumidos de formas variadas, como ovos, larvas, pulpas e adultos, podendo ser inteiros ou processados, resultando em uma fonte de proteína em pó. Além disso, possuem diversas vantagens em relação a produção de carnes, sendo estas:
    1)Possuem ciclo de vida curto, o que diminui o tempo de produção;
    2)Se reproduzem facilmente e em grande escala, isto é, geram grandes quantidades de filhotes, de forma que uma fêmea de grilo doméstico Acheta domesticus chega a colocar entre 1.200 e 1.500 ovos entre 3 e 4 semanas;
    3)Exigem menos espaço físico;
    4)Demandam menores quantidades de alimentos, pois algumas espécies são muito eficientes do ponto de vista da conversão de alimentos ingeridos em massa corporal, haja vista que em média, para a produção de 1 kg de massa de insetos, são necessários 2 kg de ração. O que não é observado na produção de carne bovina, na qual cerca de 8 kg de ração são necessários para obter 1 kg de massa;
    5)Menores quantidades de água;
    6)São amplamente distribuídos ao longo do planeta;
    7)Emitem gases de efeito estufa em menores quantidade por quilograma de massa, quando comparadas com outras criações, por exemplo, um porco chega a produzir cerca de 100 vezes mais gases de efeito estufa (particularmente metano e óxido nitroso) por quilograma de massa do que larvas de Tenebrio molitor;
     8)Alto valor nutricional: possuem maior proporção de proteínas por quantidade de massa, por exemplo a formiga tanajura Atta cephalotes possui 42,59% de proteína, enquanto que as carnes de frango e bovina apresentam 23% e 20%, respectivamente. Além disso algumas espécies também são ricas em minerais (cobre, ferro, manganês, magnésio, fósforo, selênio e zinco) bem como níveis satisfatórios de lipídios.
Figura 2: Fonte: Revista Pesquisa FAPESP. Acesso em 15 de abril de 2020.



     Sob essa perspectiva, a entomofagia aparece como sendo pouco difundida ou esquecida em culturas ocidentais, e mais presentes no continente africano e asiático. No Brasil alguns insetos podem ser encontrados com certa facilidade no cotidiano, como por exemplo o emprego da cochonilha Dactylopius coccus para a produção do corante mais conhecido como carmim, presente em alimentos industrializados como iogurtes, bolachas recheadas e geleias. Outros exemplos são as formigas do gênero Atta como a tanajura ou içá e saúva, consumidas originalmente por tribos indígenas e atualmente presente na culinária de estados do norte, nordeste, centro-oeste e sudeste.

Figura 3: Formiga tanajura ou içá. Fonte: Portal de Zoologia de Pernambuco <http://www.portal.zoo.bio.br/media391> acesso em 15 de abril de 2020

     Contudo, de modo geral a população apresenta certa aversão aos insetos como forma de alimentação, que comumente são relacionados com a transmissão de doenças, no entanto é importante ressaltar que sob condições adequadas de criação em cativeiro, não existem relatos de transmissão de agentes patógenos a partir da ingestão de insetos e além disso, ensaios microbiológicos realizados testaram negativamente para microrganismos como Salmonella sp. e Listeria monocytogenes, contudo o pesquisador frisa a importância de tratamento térmico adequado antes do consumo.
     Nos últimos 5 anos, a quantidade de estudos científicos na área vem aumentando, bem como algumas iniciativas por parte de empresas nacionais que surgiram justamente com a proposta de produzir e comercializar insetos tanto para a alimentação de animais referentes a pecuária, quanto para a alimentação humana.

Figura 4: Salgadinho feito pela empresa Chirps a partir de insetos processados. Fonte: Revista Pesquisa FAPESP <https://revistapesquisa.fapesp.br/2020/04/07/insetos-comestiveis/> acesso em 15 de abril de 2020
     Portanto, a entomofagia representa uma boa alternativa para contribuir com a promoção e a manutenção da segurança alimentar da população mundial, além de um modelo mais sustentável de produção e ao mesmo tempo, um novo segmento de mercado com alto potencial de expansão, atentando para o Brasil como um potencial produtor e exportador, dado as vantagens climáticas e de demais recursos naturais aqui presentes.



Referências
    RAMOS-ELORDUY, Julieta. Anthropo-entomophagy: cultures, evolution and sustainability. : Cultures, evolution and sustainability. Entomological Research, [s.l.], v. 39, n. 5, p. 271-288, set. 2009. Wiley. http://dx.doi.org/10.1111/j.1748-5967.2009.00238.x.
     ROMEIRO, Edenilze Teles et al. Insetos como alternativa alimentar: artigo de revisão. Contextos da Alimentação: Revista de Comportamento, Cultura e Sociedade, São Paulo, v. 1, n. 4, p. 41-61, set. 2015. Disponível em: http://www3.sp.senac.br/hotsites/blogs/revistacontextos/wp-content/uploads/2015/10/54_CA_artigo_ed_Vol_4_n_1_15_2.pdf. Acesso em: 15 abr. 2020.
      GAHUKAR, R.t.. Entomophagy and human food security. International Journal Of Tropical Insect Science, [s.l.], v. 31, n. 03, p. 129-144, set. 2011. Springer Science and Business Media LLC. http://dx.doi.org/10.1017/s1742758411000257.
    CHEUNG, Thelma Lucchese; MORAES, Marília Soares. Inovação no setor de alimentos: insetos para consumo humano. InteraÇÕes, Campo Grande, v. 17, n. 3, p. 503-515, set. 2016. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/inter/v17n3/1518-7012-inter-17-03-0503.pdf. Acesso em: 15 abr. 2020.
      VAN HUIS, Arnold; VAN ITTERBEECK, Joost; KLUNDER, Harmke; MERTENS, Esther; HALLORAN, Afton; MUIR, Giulia; VANTOMME, Paul. Edible insects: future prospects for food and feed security. Roma: Food And Agriculture Organization Of The United Nations, 2013. 187 p. Disponível em: http://www.fao.org/3/i3253e/i3253e.pdf. Acesso em: 15 abr. 2020.
      SÃO PAULO. SUZEL TUNES. . Insetos comestíveis: Com alto valor proteico, grilos, larvas de besouros e formigas conquistam espaço como alternativa alimentar; Brasil dá os primeiros passos para disputar esse mercado. 2020. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/2020/04/07/insetos-comestiveis/. Acesso em: 15 abr. 2020.
     GRABOWSKI, Nils Th.; KLEIN, Günter. Microbiology of processed edible insect products – Results of a preliminary survey. International Journal Of Food Microbiology, [s.l.], v. 243, p. 103-107, fev. 2017. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.ijfoodmicro.2016.11.005.
       MARIANA ALVIM (São Paulo). Farinha de grilo e barrinhas de besouros: estes brasileiros apostam em insetos como alimento. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-45634248. Acesso em: 15 abr. 2020. 
       CAVALHEIRO, CalÍli Alves; VERDU, Fabiane Cortez; AMARANTE, Juliana Marangoni. DIFUSÃO DO VEGETARIANISMO E VEGANISMO NO BRASIL A PARTIR DE UMA PERSPECTIVA DE TRANSNACIONALIZAÇÃO. Revista Eletrônica Ciências da Administração e Turismo, Santa Catarina, v. 6, n. 1, p. 51-67, jul. 2018. Disponível em: http://incubadora.periodicos.ifsc.edu.br/index.php/ReCAT/article/view/384. Acesso em: 15 abr. 2020. 

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Forma correta de higienizar alimentos


A higienização de alimentos como frutas, verduras e legumes, usando para isso o vinagre, se tornou comum entre aqueles que querem se prevenir de doenças. Porém, conforme a médica infectologista Fernanda Saad Rodrigues, da Faculdade de Medicina da PUC em Sorocaba, o vinagre não é eficaz nem para eliminar germes e bactérias, tampouco o novo coronavírus.


Fernanda afirma que o coronavírus causa infecção pulmonar e há duas principais formas de contágio: pelo contato com objetos que possam estar contaminados ou por gotículas de saliva, eliminadas ao falar, tossir ou espirrar. “Até o dia de hoje não temos evidência de transmissão ao ingerir o vírus. Isso não significa que no contato da mão com a comida a gente não possa ter transmissão viral, então é preciso tomar alguns cuidados”, afirma.

De acordo com a infectologista, em primeiro lugar deve-se evitar ao máximo sair de casa e, quando sair, higienizar bem as mãos para não contaminar nada. “E ao chegar em casa, realizar a higienização correta dos alimentos”, diz. Para isso, deve-se pegar uma bacia e misturar uma colher de sopa de hipoclorito (água sanitária) em um litro de água. Em seguida, já é possível colocar as frutas, verduras e legumes na bacia e deixá-los imersos de 15 a 30 minutos. Depois, deve-se higienizar com água corrente. “Se for pé de alface, precisa lavar folha a folha, sempre esfregando. Já com relação aos legumes, aqueles que têm casca podem ser esfregados com escova própria para lavagem”, orienta.


Alguns podem achar estranho lavar com água sanitária, mas trata-se do mesmo produto que se vende para limpeza de hortifrútis, de várias marcas. O importante é adquirir apenas água sanitária que tenha registro na Anvisa. “Com relação aos produtos caseiros ou que são vendidos nas ruas, não dá para saber a procedência, e o que podem ter misturado. Nos grandes mercados, são registrados e têm validação pela Anvisa”, afirma.

Uma dúvida que tem surgido é sobre quanto tempo o coronavírus sobrevive nos ambientes. Nesse sentido, se fosse apenas algumas horas, como apontam alguns especialistas, seria possível deixar o alimento em um local separado, para ser consumido após esse período. No entanto, a infectologista alerta que não existe ainda esse tipo de informação específica sobre o coronavírus. “Eles sobrevivem. O ideal é sempre fazer a higiene da forma correta”, pontua.

Com relação a alimentos que vêm em latas ou embalagem de vidro, a infectologista Fernanda Saad Rodrigues afirma que é possível higienizar esses recipientes com álcool em gel a 70% ou hipoclorito (água sanitária). Embalagens de papel exigem que se higienize bem as mãos antes de pegar os alimentos que estão dentro.

O vinagre, pontua a médica, não ajuda a desinfetar nem o chão. “Água e sabão já ajuda a matar, mas se quiser fazer maior desinfecção, o ideal é o hipoclorito ou álcool em 70%. O vinagre é mais indicado para tirar odores e manchas”, ressalta.

Com relação ao álcool 70%, ele não deve ser usado nos alimentos por ter um teor muito alto. “Ele pode não sair completamente com a água corrente. Então, é indicado só para higiene das mãos, chão e superfícies.”


Referências