domingo, 31 de janeiro de 2021

Contaminação de alimentos por insetos

Todos conhecem o hábito de certos insetos, como formigas e moscas, de pousarem sobre alimentos, mas muitos ainda desconsideram totalmente a possibilidade de infecção por causa disto.

A partir de pesquisas concluiu-se que moscas carregam aproximadamente 200 espécies de bactérias, incluindo várias que podem ser prejudiciais à saúde humana, principalmente de crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade. Elas transmitem também ovos de parasitas, e partículas de matéria fecal, comida estragada e animais mortos. Este modo de transmissão é chamado de transmissão mecânica.

“As moscas precisam apenas tocar a sua comida por 1 segundo para que suas pernas ou os pequenos pelos que têm sobre o corpo transfiram os germes de todas as coisas nojentas que elas comem para o que você está comendo. E uma vez que moscas podem transferir sérias e contagiosas doenças como cólera, diarreia e febre tifoide, é provavelmente melhor evitar comer coisas nas quais moscas pousaram”, disse Ron Harrison, especialista em controle de pragas, para um tablóide britânico.

A manutenção e limpeza da área de preparação ou consumo ajuda a evitar o aparecimento destes animais, além da cobertura e proteção dos alimentos. O uso de ventiladores e redes também pode ajudar.


Fonte: https://metro.co.uk/2017/04/25/if-a-fly-lands-on-your-food-stop-eating-it-immediately-6595468/

https://www.terminix.com/commercial/industry-solutions/food-processing/food-safety-insects/#:~:text=When%20the%20insect%20lands%20on,humans%2C%20gastrointestinal%20issues%20may%20occur.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Alimentos industrializados e a juventude: a facilidade somada aos riscos à saúde

Com a correria do dia a dia, facilidade e diversidade, esses alimentos vêm ganhando muito espaço entre os jovens, mas quais os riscos que eles podem trazer?

Os adolescentes estão consumindo cada vez mais produtos industrializados, segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, no Estado de São Paulo. O estudo foi feito com os jovens acompanhados pela atenção básica do SUS do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN e chamou a atenção para a má alimentação dos adolescentes.

Seis a cada 10 jovens comem mal, ingerem muitos industrializados, embutidos e doces. Uma média de 60% dos adolescentes consomem industrializados regularmente, como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote ou biscoito salgado, 46% consomem hambúrguer e/ou embutidos e 43% comem biscoitos recheados, doces ou guloseimas.

Esse hábito alimentar pode ser prático, mas não é nada nutritivo e pode custar caro no futuro. As pessoas que não se alimentam adequadamente tendem a sofrer os efeitos da má alimentação em cerca de cinco anos, é o que afirma a médica especialista em longevidade e que atua com medicina funcional, Dra Cintia Rios.

Como alerta para a situação, a médica listou quais são os impactos que os alimentos industrializados causam no organismo, falou sobre a importância de uma boa alimentação e deu dicas de como melhorar a rotina alimentar.

Impactos da má alimentação no organismo

O consumo de alimentos industrializados traz uma sobra de energia calórica e pouca nutrição ao organismo. Consumir vários desses alimentos potencializa os efeitos ao corpo provocando inflamação e obesidade. O refrigerante é um dos grandes vilões, uma lata da bebida por dia, ao longo de doze meses, resultaria em oito quilos a mais na balança, considerando apenas o consumo de refrigerantes entre os industrializados.

Assustador né? A má alimentação também pode causar outros danos à saúde dos jovens, como deficiência de concentração, de aprendizado e de memória. A insuficiência de nutrientes pode provocar, ainda, alterações neurológicas na adolescência, acarretando doenças como: hipertensão, diabetes, alterações articulares e comportamentais.

Alimentos industrializados

O produto que tem rótulo não é um alimento, é um gênero alimentício que, de alguma forma, foi industrializado, contendo conservantes e espessantes, combinação que resulta em falta de nutrientes e que inflama e adoece o organismo.

Os jovens precisam se alimentar bem, ingerir alimentos que possuem nutrientes e que farão bem lá na frente, no futuro. Existe o que chamamos de tripé da longevidade e que, na adolescência, tem que ser consolidado: comer saudável, fazer atividade física e dormir bem. Nosso corpo é como se fosse um carro, quando abastecemos com o combustível de boa qualidade o rendimento do motor é ótimo, mas quando ele é abastecido com um combustível ruim ele começa a dar sinais de problema.

O importante é a caloria ou o tipo do alimento?

Quando falamos em alimentação saudável, pensamos em calorias e surge a dúvida: consumir 160 calorias de castanha é a mesma coisa que consumir 160 calorias de refrigerante? Claro que não! A caloria pode ser a mesma, o que muda é a forma como o organismo vai absorver essa energia. Para fazer uma comparação, não devemos levar em consideração o valor calórico e sim a qualidade do alimento.

A castanha vem com micro nutrientes, gordura boa e faz com que seja digerida e quebrada em moléculas menores para a ingestão. O refrigerante é puro açúcar, um agente inflamatório que atua como se fosse o ferrugem que sobra, deixando tudo ruim e pesado.

Consuma mais alimentos saudáveis e naturais

Prefira consumir frutas, legumes, verduras e sucos naturais. Evite os industrializados! A maçã, por exemplo, exige a mastigação e digestão, para a distribuição dos nutrientes dentro do organismo. Em caso de optar por sucos, dê preferência aos naturais e sem adição de açúcar. Os sucos de caixinha não são recomendados, eles passam por diversos processos de industrialização e adição de açúcar, o que resulta na perda de fibras e vitaminas.

Como escolher os alimentos saudáveis?

Os adolescentes, de um modo geral, devem fazer melhores escolhas, abusar dos alimentos frescos e optar, sempre, por fazer refeições mais saudáveis e coloridas.  

A dica é manter uma rotina diária saudável e evitar ao máximo produtos industrializados. No café da manhã é importante tomar um suco feito em casa, dê preferência ao de limão; consumir ovo e queijo amarelo. O queridinho da refeição, o pão, deve ser ingerido com moderação. No almoço, procure colorir o prato, coma saladas das mais diversas cores, os vegetais mais escuros possuem mais nutrientes; dê preferência por comer arroz, feijão e uma carne.

Ao invés de tomar suco, coma uma fruta. A noite, na hora do jantar, a dica é comer menos que no almoço, é possível comer a mesma refeição do almoço, só que em menor quantidade ou seguir o que foi ingerido no café da manhã. E, claro, lembrar sempre de ingerir muita água nos intervalos das refeições.

É preciso separar os vários tipos de industrializados. Há os "ultraprocessados" em uma ponta, mas na outra estão os alimentos "minimamente processados", segundo o Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde. São produtos originais sem aditivos. Eles sofrem no máximo processos como secagem, pasteurização, congelamento ou fermentação.

Há ainda a categoria "processados", onde há adição de sal ou açúcar, como, por exemplo, queijos, pães, geleias, conservas e carnes salgadas, defumadas ou enlatadas Mais durabilidade e segurança alimentar Os padrões de produção, higiene, armazenamento e transporte garantem uma maior saudabilidade ao alimento.


FONTES:

https://actbr.org.br/post/quais-os-impactos-dos-alimentos-industrializados-no-organismo-dos-jovens/17723/

http://www.imedicalma.com.br/2016/01/voce-conhece-os-perigos-do-consumo-de-alimentos-industrializados/

https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2020/10/22/devemos-declarar-guerra-aos-alimentos-industrializados.htm


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

REVOLUÇÃO DA PROTEÍNA: Larva é 1º inseto considerado comida na união europeia

 Os insetos podem ser importantes para alimentar a população mundial no futuro.

A larva do besouro Tenebrio molitor, mais conhecida como larva de farinha.
FONTE: Exame, 2001

Larvas da farinha. Se você nunca viu esses animais, saiba que eles podem estar, em breve, no seu prato quando você fizer aquela sonhada viagem para a Europa. A larva tornou-se o primeiro animal aprovado pela Agência Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) como comida. Apesar do nome, larvas de farinha são larvas de besouro, e não vermes. Rico em proteína, gordura e fibra, eles provavelmente serão os primeiros de muitos insetos a aparecer nas prateleiras europeias nos próximos anos. 

A decisão sobre a segurança para o consumo pode levar as larvas ao prato como opções de proteína animal que vão além da carne bovina, do peixe e do frango.

As larvas da farinha já são usadas na Europa em rações para animais de estimação. Na alimentação humana, a aprovação da EFSA pode levar ao uso das larvas besouro em alimentos como pães, biscoitos e massas. O consumo de insetos já comum em países da África, na Austrália e também na Nova Zelândia.

“Os insetos são organismos complexos, o que torna a caracterização da composição de produtos alimentícios derivados de insetos um desafio. Entender sua microbiologia é fundamental, considerando que todo o inseto é consumido”, afirma Ermolaos Ververis, químico e cientista alimentar da EFSA, envolvido nos estudos de aprovação.

Em todo o mundo, 2,5 bilhões de pessoas se alimentam de insetos regularmente, segundo documento do senado francês. Empresas como a Ynsect estimam que os insetos serão importantes para alimentação da população mundial, que deve atingir 9 bilhões de pessoas em 2050.

“Há benefícios ambientais e econômicos claros se você substituir as fontes tradicionais de proteínas animais por aquelas que requerem menos ração produzem menos resíduos e resultam em menos emissões de gases de efeito estufa. Custos e preços mais baixos podem aumentar a segurança alimentar e a nova demanda abrirá oportunidades econômicas também, mas isso também pode afetar os setores existentes”, diz, em nota, Mario Mazzocchi, estatístico econômico e professor da Universidade de Bolonha.

           A decisão ainda precisa da confirmação da Comissão Europeia.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Exame - Revolução da proteína larva e 1 inseto considerado comida na UE

CNN Brasil - Larva encontrada em farinha torna-se o 1° inseto considerado alimento para a UE

Brasil bate recorde de defensivos de controle biológico em 2020

        O Ato n° 70, publicado nesta segunda-feira (11) no Diário Oficial da União (DOU), do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, traz o registro de 56 defensivos agrícolas que estarão disponíveis para uso pelos agricultores.

FONTE: Google Imagens

          Desse total, quatro defensivos agrícolas são ingredientes ativos novos, sendo três deles de baixo impacto: dois ingredientes ativos à base dos organismos Habrobracon hebetor, utilizados para o controle de diversas traças de armazenamento, e Clonostachys rósea, utilizados no controle de Botrytis cinerea, um mofo que afeta diversos frutos, além de qualquer outra cultura em que essas pragas forem encontradas, além de um produto que utiliza Peptídeo Derivado de Proteína Harpin (PDPH) para atuar de forma indireta no controle de fungos. Todos os demais produtos registrados utilizam ingredientes ativos cadastrados anteriormente no país.


            O coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Mapa, Bruno Breitenbach, ressalta que os novos registros confirmam 2020 como o ano mais importante para o registro de biopesticidas, importantes ferramentas para tornar a agricultura brasileira ainda mais sustentável. “Nunca se registrou tantos produtos fitossanitários sustentáveis como nesse ano. Anteriormente, o ano de 2018, com 52 produtos registrados, era o maior já alcançado com esse perfil”, destaca o coordenador. Atualmente, soma-se um total de 411 produtos de baixo impacto disponíveis para os produtores.

FONTE: Google Imagens

              Os produtos considerados de baixo impacto possuem ingredientes ativos que podem ser biológicos, microbiológicos, bioquímicos, extratos vegetais e reguladores de crescimento, podendo ser autorizados em vários casos na agricultura orgânica.

         De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/noticias/Mapa-registra-recorde-de-95-defensivos-biologicos-em-2020

https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/ato-n-70-de-23-de-dezembro-de-2020-298320188

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Perda, desperdício e métodos tradicionais de conservação de alimentos

 

      Desde os primórdios das civilizações, nas sociedades pré-históricas, a obtenção de alimentos representa uma atividade trabalhosa e que demanda grande esforço, logo, um bem tão valioso e imprescindível à manutenção da vida deve ser tratado com respeito, evitando-se o desperdício.

          Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), entre um quarto e um terço de todo alimento produzido mundialmente é perdido ou desperdiçado todo ano, isto representa um valor de cerca de 1,3 bilhão de toneladas.

            A perda refere-se à diminuição da biomassa disponível para o consumo humano nas fases de produção, colheita e logística, isto é, alimentos que se tornam impróprios para o consumo, seja por erro de metodologia de colheita, no erro de manejo do cultivo, no processo de logística, que muitas vezes pode ser precário e ineficiente na conservação dos alimentos transportados; ou por desastres naturais. Já o desperdício é definido como o descarte deliberado de alimentos que encontram-se em estado adequado ao consumo, realizado desde o serviço de comércio varejista, serviço de alimentação como restaurantes e pelos consumidores finais.


            De acordo com a FAO, a América Latina e o Caribe são responsáveis por cerca de 6% das perdas mundiais de alimentos, e cerca de 15% dos alimentos disponíveis na região são perdidos e/ou desperdiçados anualmente. Tais dados são alarmantes, uma vez que, segundo o relatório O Estado da Insegurança Alimentar e Nutricional no Mundo, publicado em junho de 2020, estima-se que aproximadamente 690 milhões de pessoas passaram fome no ano de 2019. E devido à pandemia ocasionada pelo vírus Sars-Cov-2 (COVID-19) cerca de mais 130 milhões de pessoas poderiam ser levadas a fome crônica até o fim de 2020.

                                                          

       Diante de tal situação, uma das medidas que podem ser tomadas a fim de mitigar o desperdício no final da cadeia, isto é, nos setores de prestação de serviços e consumidores finais, seria tomar consciência de como aproveitar o máximo de cada ingrediente, por exemplo, consumir todas as partes comestíveis das plantas, descartando o mínimo possível, como seria o caso de algumas raízes (cenoura, beterraba, nabo, rabanete), que são comumente encontradas nos supermercados sem as folhas, que por sua vez podem ser consumidas a fim de compor uma dieta equilibrada.

            Outra medida que poderia ser adotada são os métodos tradicionais de conservação de alimentos, que datam desde os primórdios das civilizações humanas, uma estratégia que visa prolongar a vida dos alimentos, motivada principalmente pela iminência da escassez de comida no futuro, quando os fatores climáticos resultam na queda de produtividade, garantindo assim, que haja comida de qualidade físico-química e biológica adequada para o consumo futuro.

            Imagine um mundo no qual não há geladeiras para o resfriamento e congelamento de alimentos? Como seria possível a conservação de alimentos de forma segura? Pois é neste cenário em que muitas culturas viviam antes da invenção das geladeiras e congeladores. Nesse mundo do passado não tão distante, haja vista que os meios de transporte refrigerados foram empregados somente a partir da segunda metade no século XIX, utilizavam-se outros métodos que são empregados até hoje, como a salga, defumação, desidratação, concentração e fermentação.

          A salga, como o próprio nome diz, consiste em adicionar sal aos alimentos, empregado comumente em carnes; neste processo, o sal faz com que a carne ou outro ingrediente, perca água, criando assim um ambiente desfavorável para a proliferação de microrganismos, e aumenta a estabilidade das reações bioquímicas, que são responsáveis pela deterioração dos alimentos. Após a salga, os alimentos passam por um processo de secagem, para retirar ainda mais água, podendo ainda serem defumados posteriormente. O processo de salga possui variações, pois pode ser feito da maneira seca, como descrito acima, mas também de forma úmida (salmoura), feita através da imersão do ingrediente em uma solução aquosa com sal e por fim, a salga mista, que é semelhante à salga seca, porém não se retira a água extraída do alimento, deixando o mesmo imerso na própria salmoura.

        

        A defumação consiste em impregnar os alimentos com fumaça obtida através da queima incompleta de maneiras específicas, esse processo faz com que substâncias sejam transportadas da madeira para o ingrediente, alterando sabor, cor, e aroma, de acordo com a madeira utilizada. Em uma câmara é feita a combustão incompleta da madeira, que gera fumaça, que vai em direção à atmosfera, passando pelos alimentos m uma extensão da câmara e saindo posteriormente através de uma chaminé; esse processo pode levar de 1 a 16 dias, dependendo do tamanho dos alimentos a serem defumados.

        Para esse processo, é necessário que a salga seja feita anteriormente, de modo que a defumação seja considerada um complemento para o método de conservação, mais do que um método de conservação em si. E também podem ser divididos em basicamente duas formas, fria e quente; na forma fria, o ingrediente sofre a ação da fumaça sob temperaturas inferiores à 40ºC. Já na defumação quente, a fumaça pode alcançar até 120ºC, o que acaba por ao mesmo tempo cozer o alimento em questão.

 

        concentração consiste em retirar entre 1/3 e 2/3 da água dos ingredientes, dessa forma, diminuindo a atividade de água, diminui-se o processo de deterioração, no entanto a concentração é feita aliada com outros métodos de conservação, um bom exemplo desse método é a evaporação, forma utilizada na confecção de doce de leite e geleia, seguida da adição de açúcar como forma de desacelerar a atividade microbiana.

        A desidratação ou secagem consiste em retirar a água na forma gasosa dos alimentos, sem atingir a temperatura de ebulição, de modo a diminuir a atividade de água, mantendo a integridade do alimento por um longo período de tempo. Pode ser realizada ao sol, um método mais barato e simples, porém, com menos controle das variáveis ambientais, como temperatura e velocidade da corrente de ar, o que não ocorre quando se utiliza uma secadora, que cria o ambiente adequado para a secagem sem grandes problemas.


       A fermentação, é um dos métodos mais antigos de conservar alimentos e consiste basicamente em um processo de deterioração dos ingredientes, isto é, decomposição por fungos e bactérias que ao mesmo tempo que não são patógenos para o organismo humano, geram produtos metabólicos que servem como mecanismo de defesa contra outros microrganismos, como a fermentação alcoólica, que gera álcool, a lática que gera ácido lático, e a acética, que é geralmente um subproduto da fermentação alcoólica, de forma que a ação bacteriana converte o álcool em ácido acético. Nesse caso temos diversos exemplos, como o vinho e a cerveja que são resultados da fermentação alcoólica; o vinagre feito a partir da fermentação do vinho, resultado da fermentação acética; e os queijos e iogurtes, resultantes da fermentação lática do leite.




Referências bibliográficas

SILVA, Jhúlia de Castro. ANÁLISE HISTÓRICA SOBRE OS MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS. 2018. 35 f. TCC (Graduação) - Curso de Técnico Integrado em Alimentos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo Campus Barretos, Barretos, 2018. Disponível em: https://brt.ifsp.edu.br/phocadownload/userupload/213354/ANLISE%20HISTRICA%20SOBRE%20OS%20MTODOS%20DE%20CONSERVAO%20DOS%20ALIMENTOS.pdf. Acesso em: 18 jan. 2021.

 MARGARIDA ANGÉLICA DA SILVA VASCONCELOS (Brasil). Conservação de Alimentos. Recife: Ministério da Educação, 2010. 122 p. Disponível em: http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_prod_alim/tec_alim/181012_con_alim.pdf. Acesso em: 18 jan. 2021.

Raúl Osvaldo Benítez. Perdas e desperdícios de alimentos na América Latina e no Caribe. Disponível em: http://www.fao.org/americas/noticias/ver/pt/c/239394/. Acesso em: 18 jan. 2021.

Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. América Latina e Caribe são os responsáveis por 20% da comida perdidos e desperdiçados em todo o mundo, desde a pós colheita até o comercio varejista. 2019. Disponível em: http://www.fao.org/brasil/noticias/detail-events/pt/c/1238357/. Acesso em: 18 jan. 2021.

ROMA. FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA (UNICEF). . À medida que mais pessoas não têm o suficiente para comer e a desnutrição persiste, acabar com a fome até 2030 é uma incerteza, alerta relatório da ONU: garantir dietas saudáveis para os bilhões que não podem pagar por isso economizaria trilhões em custos. Garantir dietas saudáveis para os bilhões que não podem pagar por isso economizaria trilhões em custos. 2020. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/acabar-com-fome-ate-2030-e-incerteza-alerta-relatorio-onu. Acesso em: 18 jan. 2021.

MARINA WENTZEL (Bangoc). Exposição de comida podre revela sabores da Ásia. 2012. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2012/08/120815_galeria_comidapodre_jf. Acesso em: 18 jan. 2021.

TIAGO CORDEIRO LEIA MAIS EM: HTTPS://SUPER.ABRIL.COM.BR/CIENCIA/MICROBIOS-AUXILIARES-DE-COZINHA/. Especial: os micróbios que amamos comer Leia mais em: https://super.abril.com.br/ciencia/microbios-auxiliares-de-cozinha/. 2019. Disponível em: https://super.abril.com.br/ciencia/microbios-auxiliares-de-cozinha/. Acesso em: 18 jan. 2021.

TIM HARFORD. Como a invenção da geladeira mudou a história - e a forma como fazemos comércio. 2017. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/geral-42074161. Acesso em: 18 jan. 2021.

sábado, 2 de janeiro de 2021

Bactérias mais resistentes do mundo


           As bactérias são seres vivos microscópicos que vivem em colônias nos mais diversos lugares do universo, incluindo em nós, seres humanos. Por isso, nosso corpo precisa lidar com elas diariamente. Estima-se que existam 10 milhões de bactérias por centímetro quadrado em nossa pele. Elas também podem causar grandes estragos, podendo ser também letais.

        Mas o que difere essas milhões e milhões de bactérias do nosso "cotidiano" das bactérias mais perigosas, chamadas também de "superbactérias" são que estas são resistentes aos antibióticos mais potentes que existem, dificultando muito seu tratamento.

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        Abaixo estão às 9 bactérias mais resistentes do mundo segundo a OMS: 

  • Acinetobacter baumannii: causa infecções em pessoas já debilitadas. É a maior responsável por infecções hospitalares em todo o mundo. 
  • Pseudomonas aeruginosa: comum em pacientes internados por queimaduras graves corporais, causa infecções nos rins e pulmões. 

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  • Enterobacteriaceae: família de bactérias que inclui a Klebsiella pneumonia ou a Escherichia coli. 

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  • Enterococcus faecium: pode habitar o intestino humano e ser inofensiva. Porém, também é a causadora de meningite em bebês recém-nascidos. 
  • Staphylococcus aureus: também muito comum no corpo humano, pode causar diversos problemas, como abcessos, intoxicação alimentar e sinusite. 
  • Helicobacter pylori: em aproximadamente 85% das pessoas infectadas por ela, não há nenhuma consequência. No entanto, nas demais, ela pode causar úlcera duodenal, câncer no estômago e gastrite. 
  • Salmonella sppcausadora de intoxicação alimentar e febre tifoide, podem estar presente na clara de ovo crua. 

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  • Neisseria gonorrhoeae: responsável por uma das DST's mais antigas da humanidade, a gonorreia. 
  • Campylobacter: em humanos, pode causar infecções oportunistas sérias. 

        Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças causadas por elas matam aproximadamente 700 mil pessoas anualmente. Entre elas, estão bactérias encontradas no dia a dia, como a Salmonella, que pode causar salmonelosee a família Enterobacteriaceae, que pode causar infecções alimentares muito graves. 

        Para evitar a contaminação por essas superbactérias, é necessário lavar muito bem as mãos antes de preparar, servir ou tocar nos alimentos, após o uso do banheiro, após manipular alimentos crus e após o contato com animais. 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: