segunda-feira, 5 de novembro de 2018

IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS LÁCTICAS

         INTRODUÇÃO:


Muito se tem falado sobre o uso das bacteriocinas como agentes naturais de conservação de alimentos e um grande número de pesquisadores tem trabalhado na caracterização de novos tipos, apesar dessas substâncias terem sido descobertas há quase 70 anos atrás. Os primeiros registros datam do ano de 1928 quando, na produção de queijo, foi evidenciada a inibição do fermento láctico por bacteriocinas produzidas por bactérias lácticas presentes naturalmente no leite.
Bactérias produtoras de ácido láctico são um grupo de microrganismos com as características morfológicas de cocos ou bastonetes Gram-positivos, catalase negativos, não esporulantes, que produzem ácido láctico como o principal produto final durante a fermentação de hidratos de carbono. Quando aplicadas em alimentos, proporcionam efeitos benéficos para os consumidores através de suas propriedades funcionais e tecnológicas.

IMPORTÂNCIA:


          As bactérias lácticas desempenham um papel primordial no processo de fermentação do leite, sendo sua utilização um dos métodos mais antigos de preservação. Isto se deve à sua capacidade de produzir ácido láctico rapidamente, ocasionando o decréscimo do pH do leite e a remoção da fonte fermentescível, promovendo um ambiente desfavorável ao desenvolvimento de microrganismos deteriorantes e/ou patogênicos. Além disso, essas bactérias produzem determinados compostos antagônicos formados em pequenas quantidades a partir do catabolismo celular, dentre os quais podemos citar as bacteriocinas.

         CURIOSIDADE:


Os primeiros resultados promissores na efetiva prevenção dos defeitos de estufamento tardio por bactérias anaeróbicas formadoras de esporos, em queijo tipo Suíço, foram apresentados em 1951, por um grupo de pesquisadores ingleses. A partir de então, várias pesquisas foram efetuadas, em diferentes países, com a utilização de nisina ou de linhagens produtoras de bacteriocina na fabricação de diferentes produtos derivados de leite. Assim, queijos semiduros (Gouda, Edam) e queijos duros (Emental, Grana), fabricados com leite previamente contaminado com bactérias butíricas, utilizando-se culturas produtoras de nisina em adição ao fermento láctico não apresentavam os defeitos de estufamento butírico; porém, foi evidenciada uma série de problemas inerentes aos fermentos lácticos: acidificação muito lenta, promovendo dessoragem insuficiente e estufamento precoce causado por coliformes devido ao pH, defeitos de olhaduras ou aberturas, fraca proteólise e declínio rápido da concentração de nisina no queijo.

CONCLUSÃO:

O uso de bacteriocinas como agentes antimicrobianos para inibir o crescimento de microrganismos patogênicos e/ou deteriorantes é de grande importância para a indústria alimentícia. No entanto, o uso efetivo de bacteriocinas requer informações com respeito às suas propriedades físicas, químicas e biológicas além de outros fatores como toxicidade. Sendo válido ressaltar que os métodos eficazes de limpeza e sanificação são imprescindíveis, em todas as etapas de obtenção da matéria-prima e de processamento, para evitar a contaminação do leite e dos produtos lácticos e, desta forma, obter um produto de alta qualidade.



REFERÊNCIAS:
http://www.infobibos.com/artigos/2008_3/bacteriocinas/index.htm
https://www.revistadoilct.com.br/rilct/article/view/403
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2034819/mod_resource/content/1/Aula%20Bruno.pdf

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