domingo, 22 de outubro de 2017

Taenia saginata: O agente etiológico da Teníase

A importância clínica da Teníase

Existem 32 espécies de tênia, porém só duas delas são capazes de provocar doença no ser humano: Taenia saginata e Taenia solium. Recentemente, uma terceira espécia de tênia, chamada Taenia asiatica, foi identificada em alguns humanos no sudeste da Ásia.
A teníase é uma doença causada pela tênia, um platelminto da Classe Cestoda, representada por parasitas intestinais. Em razão deste modo de vida, esses indivíduos não possuem sistema digestório, uma vez que absorvem nutrientes digeridos pelo hospedeiro, fato que prejudica indivíduos com subnutrição, por exemplo.
Usualmente, consideramos duas espécies de tênias: a Taenia solium, que parasita suínos e a Taenia saginata, parasitando bovinos. Ambas possuem corpo dividido em vários anéis denominados proglótides e na extremidade anterior, denominada escólex, há presença de ventosas que auxiliam na fixação do animal. A Taenia solium, possui nesta região, ainda, ganchos cujo conjunto é denominado rostro, auxiliando também na fixação.
As tênias são hermafroditas, uma vez que cada proglótide possui sistema reprodutor masculino e feminino.No ciclo da teníase, o animal humano é o hospedeiro definitivo e suínos e bovinos são considerados hospedeiros intermediários. No hospedeiro definitivo, o animal adulto fica fixado às paredes intestinais e se autofecunda. Cada proglótide fecundada, sendo eliminada pelas fezes, elimina ovos no ambiente. Esses podem contaminar a água e alimentos, gerando grande possibilidade de serem ingeridos por um dos hospedeiros. 


Ciclo de Vida
Os humanos são os únicos hospedeiros definitivos de Taenia saginata. O verme adulto (comprimento: em torno de 5 m ou menos, mas até 25 m) reside no intestino delgado onde se fixa por uma estrutura chamada escólex. Produzem proglotes (cada verme tem de 1.000 a 2.000 proglotes) que se engravidam, destacam-se do verme e migram para o ânus ou saem com as fezes (cerca de 6 por dia). Cada proglote grávida contém de 80.000 a 100.000 ovos que são liberados depois que esta estrutura se destaca do corpo do verme e saem com as fezes. Os ovos podem sobreviver por meses até anos no ambiente. A ingestão de vegetação contaminada pelos ovos (ou proglotes) infesta o hospedeiro intermediário (bovinos e outros herbívoros). No intestino do animal, os ovos liberam a oncosfera, que evagina, invade a parede intestinal e migra para os músculos estriados, onde se desenvolve no cisticerco. O cisticerco pode sobreviver por muitos anos no animal. A ingestão de carne crua ou mal passada com cisticerco infesta os humanos. No intestino humano, o cisticerco se desenvolve 2 meses depois no verme adulto, que pode sobreviver por mais de 30 anos.


Contaminação e sintomas
Ao se alimentar da carne crua ou malpassada do animal contaminado, o homem completa o ciclo da doença. O animal se desenvolve até o estágio adulto no intestino humano e pode conferir ao portador dores de cabeça e abdominais, perda de peso, alterações do apetite, enjoos, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia. O hospedeiro definitivo tem potencial de continuar o ciclo da doença, caso suas fezes contaminem a água e alimentos dos hospedeiros intermediários ou de outras pessoas.


Prevenção da teníase

Para prevenir a teníase, deve-se adotar alguns cuidados como:
  • Não ingerir carne crua ou mal cozida;
  • Beber água mineral, filtrada ou fervida;
  • Lavar as mãos, principalmente após o banheiro e antes das refeições;
  • Lavar os alimentos com água filtrada.
Além destas medidas, é importante dar água limpa aos animais e não adubar a terra com fezes humanas.





Tratamento

As opções de tratamento para a teníase incluem:


Referências



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