quarta-feira, 31 de março de 2021

Clean label: uma nova realidade

O termo “clean label” pode ser traduzido como “rótulo limpo”. Ele se refere a produtos alimentícios que visam passar informações mais claras sobre a sua composição, de forma que os consumidores possam entender melhor o que estão comprando.

Esses produtos também prometem ser mais saudáveis devido a ingredientes mais naturais e à redução de substâncias prejudiciais para o corpo quando ingeridas em excesso, como é o caso de gorduras, sal, açúcar, adoçantes, conservantes, aromatizantes, entre outros.


Fonte: Google imagens

"Nos últimos anos, houve um movimento muito intenso de urbanização, começamos a comer de forma mais processada e nos distanciamos da natureza, que é nossa grande provedora de saúde e criatividade", comenta Cynthia Antonaccio, nutricionista da Consultoria Equilibrium Latam. "Agora, o que vemos é uma busca por essa reaproximação", completa Cynthia.

Esses produtos são feitos basicamente, substituindo os aditivos químicos por itens naturais. No caso dos sucos prontos, por exemplo, o suco concentrado de maçã pode entrar no lugar de adoçantes como o xarope de milho. Para a indústria, essa mudança exige uma série de ajustes e investimentos. "Enquanto um quilo do iogurte tradicional leva um litro de leite, o nosso precisa de quatro litros", comenta Enrico Leta, cofundador da Yorgus, uma das primeiras a oferecer iogurtes gregos clean label no país.

O produto leva só dois ingredientes, leite e fermento, por isso precisa de mais leite para manter sua cremosidade. "Temos ainda que tomar cuidado com todas as etapas do transporte e armazenamento, pois, diferente do tradicional, ele não conta com conservantes como o sorbato de potássio, então não pode ficar na temperatura ambiente", comenta.

Além de não usar corantes, conservantes e espessantes artificiais, os produtos clean label podem ser produzidos dentro de uma lógica mais sustentável - com animais criados livres e vegetais orgânicos. Mas nem todo orgânico é clean label e vice-versa.

E de olho nesse movimento, a Gerência-Geral de Alimentos da ANVISA (GGALI) vem recebendo demandas crescentes sobre o enquadramento, rotulagem e procedimentos para regularização de produtos derivados de vegetais para uso em alimentos como ingredientes substitutos de aditivos alimentares. Tais demandas guardam relação direta com uma tendência observada no mercado mundial de alimentos chamada de Clean Label e têm gerado reflexão acerca da adequação do marco normativo de alimentos para recepcionar as inovações em curso Documento de categorização de ingredientes derivados de vegetais (Anvisa, Maio de 2020).


Fonte: Google imagens

No dia 15/05/2020, esta mesma Gerência realizou um diálogo setorial para nortear as tratativas iniciais relativas às demandas crescentes sobre o enquadramento, rotulagem e procedimentos para regularização.

Pode-se observar, portanto, que se trata de um movimento “sem volta” e que nosso órgão de regularização sanitária, a Anvisa, está atento e aberto a incorporação e discussão dessas tendências com base na evolução do mercado.

 

Fontes:

https://institutocristinamartins.com.br/clean-label-o-que-e/

https://www.fi-events.com.br/pt/noticias/artigo-visanco-movimento-clean-label-anvisa.html

https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/12/11/clean-label-o-que-quer-dizer-e-como-saber-se-o-produto-e-mesmo-limpo.htm

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