segunda-feira, 1 de julho de 2019

Nova técnica utilizando ozônio diminui chances de contaminação do milho



A Food and Drug Administration reconhece a segurança da aplicação do ozônio como sanitizante em alimentos e nos últimos anos, aumentou-se o interesse na aplicação desse gás no processamento de alimentos já que apresenta eficácia em pequenas quantidades, sua decomposição não gera metabólitos tóxicos e demanda pouco tempo de contato para surtir efeito. Com esse pensamento, pesquisadores da Embrapa Agroindústria e Alimentos recentemente validaram uma nova tecnologia pós-colheita que – utilizando do ozônio – reduz contaminações por fungos e micotoxinas em grãos de milho.
Um dos principais pontos na utilização do ozônio é a possibilidade de substituir sanitizantes a base de cloro, com ênfase no fator de que ele pouco altera características as características químicas e sensoriais. Diferente de métodos que acabam inviabilizando o alimento para o consumo, a aplicação de ozônio descontamina e degrada resíduos e contaminantes ao degradar as paredes celulares de microrganismos.

Na pesquisa realizada pelos profissionais da Embrapa, resultados como redução de 57% dos níveis de aflatoxinas e redução da contagem de fungos totais foram observados. Os grãos de milho que sofreram tratamento intenso – alta concentração de ozônio por longo período de tempo – apresentaram resultados ainda melhores. As análises múltiplas realizadas após o tratamento permitiam analisar, simultaneamente, treze micotoxinas em milho – como fumonisinas e ocratoxinas – que causam danos à saúde dos consumidores e dificultam a exportação.

Dada a importância do milho na agricultura e – consequentemente – economia brasileira, observa-se a importância de avanços tecnológicos como o citado acima, para garantir não apenas produtos de maior qualidade como maior segurança para os consumidores.

Referências:


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