quarta-feira, 14 de maio de 2014

Doenças transmitidas por alimentos: VIAJANTES / TURISTAS


    Doenças transmitidas por alimentos, mais comumente conhecidas como DTA, são causadas pela ingestão de alimentos ou bebidas contaminados. Existem mais de 250 tipos de DTA e a maioria são infecções causadas por bactérias e suas toxinas, vírus e parasitas.
Outras doenças são envenenamentos causados por toxinas naturais (ex. cogumelos venenosos, toxinas de algas e peixes) ou por produtos químicos prejudiciais que contaminaram o alimento (ex. chumbo, agrotóxicos).
     Surto de DTA é o episódio em que duas ou mais pessoas apresentam doença semelhante após ingerirem alimentos e/ou água da mesma origem. Para doenças raras, apenas um caso já é considerado como surto.
    As DTA são uma importante causa de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Em muitos países, durante as últimas duas décadas, tem emergido como um crescente problema econômico e de saúde pública. Numerosos surtos de DTA atraem atenção da mídia e aumento do interesse dos consumidores.
   Espera-se que o problema aumente no século 21, especialmente com as várias mudanças globais que influenciam a segurança alimentar internacional: crescimento da população, facilidade de deslocamento, exportação de alimentos, rações animais, condições sócio, econômicas e sanitárias das comunidades.

Distribuição no Brasil e no mundo
    A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, a cada ano, mais de dois milhões de pessoas morram por doenças diarreicas, muitas das quais adquiriram ao ingerir alimentos contaminados.
    Estima-se que as DTA causem, anualmente, nos Estados Unidos (EUA), aproximadamente 76 milhões de casos, 325.000 hospitalizações e 5 mil mortes.
    No Brasil, faz-se a vigilância epidemiológica de surtos de DTA e não de casos individuais, com exceção da cólera, febre tifoide e botulismo. Essa vigilância (VE-DTA) teve início em 1999 e há registro médio de 665 surtos por ano, com 13 mil doentes.

Dicas para viajantes/turistas
   De acordo com estimativa da Embratur, a Copa do Mundo deverá gerar um fluxo de 3,6 milhões de turistas, número equivalente à metade do total de visitantes nacionais e estrangeiros que deverão circular pelo país em 2014, segundo estimativas do Ministério do Turismo.
    Uma das maiores preocupações que afeta o turismo está relacionada com a inocuidade dos alimentos.
   A expansão das atividades turísticas em lugares não tradicionais leva à instalação de estabelecimentos produtores de alimentos não permanentes e às vezes precários, com a venda de produtos denominados artesanais ou da fazenda que não são inspecionados pela vigilância sanitária.
   A qualidade dos alimentos e água, os hábitos alimentares, a seleção dos locais onde são consumidos, os procedimentos de manipulação e conservação e a própria higiene pessoal são fatores de risco de importância para a ocorrência de doenças transmitidas por alimentos.
    Entre várias infecções e intoxicações, é comum que os turistas tenham diarreia, conhecida como “diarreia dos viajantes”, e a mesma é consequência da ingestão de alimentos ou bebidas em más condições sanitárias.

Sugestões aos turistas
    As recomendações que seguem são de aplicação geral, tanto para os alimentos comprados de vendedores de rua em postos fixos ou ambulantes, como também para os hotéis ou restaurantes bem conceituados:
• Lave as mãos regularmente:
- antes, durante e após a preparação dos alimentos;
- ao manusear objetos sujos;
- depois de tocar em animais;
- depois de ir ao banheiro ou após a troca de fraldas;
- antes da amamentação;
- entre outras situações.
• Assegure-se que o alimento servido esteja bem cozido e quente (acima de 60ºC);
• Selecione alimentos frescos com boa aparência, e antes do consumo os mesmos devem ser lavados e desinfetados;
• Não coma alimentos crus, com exceção das frutas e verduras que podem ser descascadas, cujas cascas estejam íntegras;
• Para desinfecção, os alimentos crus como frutas, legumes e verduras devem ser mergulhados durante 30 minutos em uma solução preparada com 1 colher de sopa (10mL) de hipoclorito de sódio a 2,5% para cada litro de água tratada;
• Lave e desinfete todas as superfícies, utensílios e equipamentos usados na preparação de alimentos;
• Alimentos prontos que serão consumidos posteriormente devem ser armazenados sob refrigeração (abaixo de 5°C) e aquecidos no momento do consumo (centro do produto 70°C);
• Não coma alimentos que tenham estado em temperatura ambiente por mais de duas horas, isso representa um dos maiores riscos de ter uma DTA;
• Reaquecer bem os alimentos que tenham sido congelados ou refrigerados antes de consumi-los;
• Compre alimentos seguros verificando prazo de validade, acondicionamento e suas condições físicas (aparência, consistência, odor). Não compre alimentos sem etiqueta que identifique o produtor;
• Os pescados e mariscos de certas espécies, e em alguns países em particular, podem estar contaminados com toxinas que permanecem ativas, apesar de uma boa cocção. Solicite orientação aos moradores do lugar;
• Consumir leite pasteurizado, esterilizado (UHT) ou fervido. Não beba leite crus nem cosuma queijo, manteiga ou iogurte obtidos a partir do leite cru;
• Sorvetes de procedência duvidosa são de risco. Evite-os!
• Evite preparações culinárias que contém ovos crus (Ex. gemada, ovo frito mole, maionese caseira);
• Evitar o consumo de alimentos crus, mal cozidos/assados (saladas, carnes, dentre outros);
• Evitar o contato entre alimentos crus e cozidos;
•Evitar comidas vendidas por ambulantes;
• Manter os alimentos fora do alcance de insetos, roedores e outros animais;
• Não tomar banho/nadar em rios, lagos, piscinas com água contaminada; evitar praias poluídas;
• Beber água e/ou gelo apenas de procedência conhecida;
• Quando estiver em dúvida quanto ao tratamento adequado (potável) da água de beber, ferva ou trate a água com produtos específicos para desinfecção da água;
• A água também pode ser tratada com solução de hipoclorito de sódio a 2,5%. Coloque 2 gotas em 1 litro de água e aguarde por 30 minutos antes de consumir.

Fonte

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