domingo, 16 de agosto de 2020

Cidade chinesa encontra coronavírus no frango brasileiro exportado

© REUTERS
© REUTERS


No dia 12 de agosto, o Brasil recebeu a preocupante notícia da detecção do novo coronavírus em frango que foi exportado para a China. O governo da cidade de Shenzhen, localizada ao lado de Hong Kong e com a quarta maior população do país, soltou uma notificação do resultado positivo do teste de amostras do nosso frango, apontando uma fábrica catarinense da Aurora Alimentos como produtora dessa exata amostra.

Porém, a Aurora publicou uma nota oficial informando que não houve confirmação pela autoridade pública nacional chinesa. Além disso, o Ministério da Agricultura do Brasil relembrou a falta de comprovação científica de que o novo coronavírus pode ser transmitido pelo transporte de alimentos ou embalagens de alimentos congelados, o que foi reiterado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), citando a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) e a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).

A notícia do teste positivo foi comentada internacionalmente pela preocupação da ocorrência de novos surtos devido ao transporte de alimentos. Isso poderia trazer sérias conseqüências para o Brasil, cuja economia depende em grande parte da exportação de alimentos. O jornal estadunidense The New York Times publicou na quinta-feira (13) uma matéria contando o ocorrido e reunindo declarações de especialistas em virologia afirmando que a probabilidade de se contrair o vírus por meio de comida – principalmente congelada – é muito baixa. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças, uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, diz que não há evidência que sugira que o manuseio e consumo de comida estejam associados com a contaminação do vírus da Covid-19, apoiando o que o Ministério da Agricultura do Brasil havia afirmado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário