segunda-feira, 11 de setembro de 2017

HALOBACTERIUM

1) Introdução

Halobacterium é um membro da Archaebacteria. É um organismo unicelular que é rodeado por uma membrana de célula única, cada organismo é semelhante a haste em forma e possui mecanismos de movimento, tais como a utilização de vesículas de gás e flagelos. Requerem um ambiente que fornece cerca de 17% a 23% de NaCl para um bom crescimento. Elas não crescem em soluções com menos de 15% (a água do mar não é suficientemente salgada para elas). Portanto, as halobactérias vivem em ambientes altamente salinos, formando uma enorme população de um pequeno e distinto grupos de bactérias, podendo formar colônias imóveis (Halococcus) ou possuírem um flagelo polarizado (Halobacterium).

2) Desenvolvimento

A estrutura bioquímica da célula (enzimas e ribossomos) não só é tolerante a salinidade excessiva, como a presença de alta concentração de sal é condição primordial para o perfeito funcionamento do metabolismo celular. Algumas bactérias extremamente halófilas apresentam pigmentos vermelhos (carotenóides) na sua membrana, que funcionam como uma proteção natural à alta intensidade luminosa característica natural do meio onde vivem esse tipo de bactéria. Arqueobactérias halófilas extremas são aeróbias com um complexo metabolismo nutricional. Desenvolvem freqüentemente um “rastro” colorido (vermelho/ alaranjado) sobre pele de peixes secos e outros alimentos tratados com sal, além de crescerem otimamente em tanques industriais que produzem sal.
A maioria das halobactérias são obrigatoriamente aeróbias, entretanto algumas espécies de Halobacterium podem gerar ATP por fotofosforilação. Quando espécies de halobactérias estão sujeitas a competição por limitação de oxigênio, elas sintetizam quimicamente uma modificação em sua parede celular. Em células aeróbias, a membrana celular é vermelha devido a alta concentração de carotenoídes. A transformação para a anaeróbias induz o crescimento e síntese de um novo componente: a membrana púrpura. Essa membrana estabelece uma discreta mancha, que pode vir a cobrir metade (ou mais) da área total da membrana e pode ser facilmente distinguido em elétron micrografia de células congeladas. Em presença de luz, o pigmento bacterideofóro age como uma bomba de prótons, convertendo a luminosidade em uma força promotora através da membrana da célula, podendo ser usada para aumentar os níveis de ATP celular. Halobacterium pode gerar ATP anaerobicamente em presença de luz, mas não pode crescer sob essa condição. Fotofosforilação é usada só para aumentar a viabilidade das células em crescimento. A impossibilidade de Halobacterium crescer anaerobicamente, mesmo em presença de luz, reflete a necessidade molecular do oxigênio para a síntese do pigmento retinóide a partir do beta-caroteno.

Curiosidade: O pescado salgado pode ser deteriorado por bactérias halotolerantes, como halofílicas dos gêneros Halococcus e Halobacterium causadores de alterações na cor, sendo vermelhidão a alteração mais ocorrida. A parte do peixe mais suscetível à deterioração são as brânquias. Os primeiros sinais de deterioração são notados quando exalam odor desagradável.

3) Conclusão

Halobacteria é uma promessa na sala de aula, devido à sua alta durabilidade e requisitos de manutenção simples. Estes archaeans podem ser cultivadas a partir de colônias de células, de modo que os estudos sobre o crescimento de halobacteria pode facilmente ser realizado numa instalação de laboratório de escola ou faculdade. Temperatura, oxigénio, concentração de sal, e a exposição à luz são apenas alguns dos fatores que podem afetar o crescimento de halobacteria e a expressão de vários genes, tais como aqueles que ditam o pigmento.

4) Referencias

http://baliga.systemsbiology.net/hs2013/halobacteriainfo 
http://www2.bioqmed.ufrj.br/prosdocimi/chicopros/ensino/didaticos/arqueobacterias.html









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