O termo “clean label” pode ser traduzido como “rótulo limpo”. Ele se refere a produtos alimentícios que visam passar informações mais claras sobre a sua composição, de forma que os consumidores possam entender melhor o que estão comprando.
Esses
produtos também prometem ser mais saudáveis devido a ingredientes mais naturais
e à redução de substâncias prejudiciais para o corpo quando ingeridas em
excesso, como é o caso de gorduras, sal, açúcar, adoçantes, conservantes,
aromatizantes, entre outros.
Fonte: Google imagens
"Nos
últimos anos, houve um movimento muito intenso de urbanização, começamos a
comer de forma mais processada e nos distanciamos da natureza, que é nossa
grande provedora de saúde e criatividade", comenta Cynthia Antonaccio,
nutricionista da Consultoria Equilibrium Latam. "Agora, o que vemos é uma
busca por essa reaproximação", completa Cynthia.
Esses
produtos são feitos basicamente, substituindo os aditivos químicos por itens
naturais. No caso dos sucos prontos, por exemplo, o suco concentrado de maçã
pode entrar no lugar de adoçantes como o xarope de milho. Para a indústria,
essa mudança exige uma série de ajustes e investimentos. "Enquanto um
quilo do iogurte tradicional leva um litro de leite, o nosso precisa de quatro
litros", comenta Enrico Leta, cofundador da Yorgus, uma das primeiras a
oferecer iogurtes gregos clean label no país.
O
produto leva só dois ingredientes, leite e fermento, por isso precisa de mais
leite para manter sua cremosidade. "Temos ainda que tomar cuidado com
todas as etapas do transporte e armazenamento, pois, diferente do tradicional,
ele não conta com conservantes como o sorbato de potássio, então não pode ficar
na temperatura ambiente", comenta.
Além
de não usar corantes, conservantes e espessantes artificiais, os produtos clean
label podem ser produzidos dentro de uma lógica mais sustentável - com animais
criados livres e vegetais orgânicos. Mas nem todo orgânico é clean label e
vice-versa.
E
de olho nesse movimento, a Gerência-Geral de Alimentos da ANVISA (GGALI) vem
recebendo demandas crescentes sobre o enquadramento, rotulagem e procedimentos
para regularização de produtos derivados de vegetais para uso em alimentos como
ingredientes substitutos de aditivos alimentares. Tais demandas guardam relação
direta com uma tendência observada no mercado mundial de alimentos chamada de
Clean Label e têm gerado reflexão acerca da adequação do marco normativo de
alimentos para recepcionar as inovações em curso Documento de categorização de
ingredientes derivados de vegetais (Anvisa, Maio de 2020).
Fonte: Google imagens
No
dia 15/05/2020, esta mesma Gerência realizou um diálogo setorial para nortear
as tratativas iniciais relativas às demandas crescentes sobre o enquadramento,
rotulagem e procedimentos para regularização.
Pode-se
observar, portanto, que se trata de um movimento “sem volta” e que nosso órgão
de regularização sanitária, a Anvisa, está atento e aberto a incorporação e
discussão dessas tendências com base na evolução do mercado.
Fontes:
https://institutocristinamartins.com.br/clean-label-o-que-e/
https://www.fi-events.com.br/pt/noticias/artigo-visanco-movimento-clean-label-anvisa.html
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