Uma condição raríssima conhecida como síndrome de Haff ou doença da urina preta, tirou a vida de uma jovem de 31 anos em Pernambuco, o caso ocorreu após consumo de um peixe conhecido como arabaina.
Síndrome
de Haff ou doença da urina preta: causas, sintomas, diagnóstico e tratamento.
A síndrome de Haff é uma doença rara que
ocorre de forma repentina, suas causas, no entanto, ainda são discutidas,
acredita-se que o surgimento desta síndrome se deva a alguma toxina biológica
que está presente em crustáceos e peixes de água doce.
Os sintomas começam a aparecer em um
período entre 2 e 24 horas após o consumo dos peixes ou crustáceos, mesmo que bem
preparados e cozidos, pois a toxina é termoestável, não sendo destruída pelo
cozimento ou fritura, além disso a toxina não altera o sabor, cor e odor do
alimento, facilitando que os peixes ou crustáceos sejam consumidos sem nem ao
menos suspeitar que estes estejam contaminados.
Os sintomas da síndrome de Haff estão
ligados à destruição das células musculares, os principais sintomas são:
Dor e rigidez muscular, que ocorre de
forma repentina e muito forte;
Urina de coloração escura, variando de
marrom a preta, sendo semelhante à cor do café;
Dormência e perda da força;
Na presença destes sintomas,
principalmente do escurecimento da urina é necessário procurar um clínico
geral, para que sejam avaliados os sintomas e sejam solicitados exames para a
confirmação do diagnóstico.
Os principais exames solicitados em casos
de suspeita de síndrome de Haff, são as dosagens de TGO, prova de função renal
e dosagem da enzima creatinofosfoquinase que é uma enzima altamente presente no
tecido muscular, e que apresentam alterações em seus níveis quando existem
alterações no tecido muscular, desta forma, na síndrome de Haff, os níveis de
Creatinofosfoquinase estão extremamente aumentados frente ao que é considerado
normal, possibilitando o diagnóstico da doença.
É importante que o tratamento seja
realizado logo no primeiro momento em que os sintomas aparecerem, pois assim é
possível evitar a progressão da doença e o surgimento de possíveis
complicações.
O recomendado é que a pessoa se mantenha
bem hidratada nas 48 e 72 horas seguinte ao aparecimento dos sintomas, pois
assim a concentração da toxina será diminuída no sangue e sua eliminação na
urina será favorecida, além disso, pode ser recomendado o uso de analgésicos
para alivio da dor e desconforto, além do uso de diuréticos para facilitar a
excreção da toxina do organismo.
As complicações mais comuns associadas a
síndrome de Haff surgem quando o tratamento não é feito de forma adequada, dentre
as complicações estão:
Insuficiência renal e síndrome compartimental, que ocorre quando a aumento da pressão arterial numa região específica do corpo, o que coloca em risco os músculos e nervos dessa região.
Qual
a relação entre a síndrome de Haff e o consumo de arabaina
As causas dessa síndrome não são
totalmente conhecidas, porém, acredita-se que estejam ligados ao consumo de
peixes de água doce como, arabaiana, tambaqui, Pacu-Manteiga e Pirapitinga,
além de alguns crustáceos, que estejam contaminados com uma toxina biológica,
que como característica principal, apresenta estabilidade frente ao calor, não
sendo destruída pelo processo de cozimento ou fritura, outro ponto importante é
que não tem como saber quando o alimento esta contaminado por essa toxina, pois
ela não altera nenhuma das características organolépticas do peixe ou
crustáceo, mantendo cor, odor e sabor normais.
Referências
bibliográficas
https://www.tuasaude.com/doenca-de-haff
https://olhardigital.com.br/2021/03/02/medicina-e-saude/sindrome-de-haff-entenda-a-doenca-da-urina-preta-que-causou-uma-morte-em-pernambuco/
https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2021/03/03/doenca-da-urina-preta-mulher-com-sindrome-de-haff-apos-comer-peixe-morre-depois-de-13-dias-em-hospital.ghtml
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