segunda-feira, 27 de julho de 2020

Norma sobre uso de aditivos alimentares


Publicada norma sobre uso de aditivos alimentares

Resolução da Diretoria Colegiada autorizou o uso de novos aditivos alimentares em diversas categorias de alimentos. Entenda.
Foi publicada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 397/2020, que autoriza o uso de novos aditivos alimentares em diversas categorias de alimentos. A atualização das listas de aditivos é necessária por conta das constantes inovações tecnológicas e da evolução no conhecimento científico. Para saber sobre o assunto, acesse nosso blog, que contém essa e outras informações. Link na bio do perfil.
RDC 397/2020 define as substâncias autorizadas, suas respectivas funções e os limites máximos que podem ser adicionados à respectiva categoria de alimento. É importante ressaltar que as substâncias autorizadas tiveram sua segurança de uso e finalidade tecnológica demonstradas. Os pedidos de atualização das listas costumam ser solicitados pelas empresas, a fim de incorporar as novidades aos seus processos de produção.
O que é um aditivo alimentar? 
Aditivo alimentar é qualquer ingrediente adicionado a um alimento sem o propósito de nutrir e, sim, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, o processamento, a preparação, o tratamento, a embalagem, o acondicionamento, a armazenagem, o transporte ou a manipulação do alimento.

A necessidade tecnológica do uso de um aditivo é justificada sempre que proporcionar vantagens de natureza tecnológica, exceto quando essas vantagens possam ser obtidas por meio de processos de fabricação mais adequados ou a partir de precauções de ordem higiênica ou operacional.



Fonte: Google Imagens
 
Antes de serem autorizados para uso, os aditivos são submetidos à avaliação toxicológica. Essas substâncias devem ser limitadas ao menor nível para alcançar o efeito desejado, de modo que sua ingestão não supere os valores de ingestão diária aceitável (IDA).



É proibido o uso de um aditivo em alimentos quando houver evidências de que ele não é seguro para o consumo ou se interferir desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento. Também é proibido o aditivo que tenha o propósito de encobrir falhas no processamento e/ou nas técnicas de manipulação, se for para mascarar uma alteração ou adulteração da matéria-prima ou do produto elaborado ou se induzir o consumidor a enganos. Ademais, o aditivo deve ter sido expressamente autorizado por legislação específica.
Acesse a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 397/2020 no link abaixo, e fique por dentro dos novos aditivos alimentares autorizados para uso. 

Rotulagem de alimentos


Rotulagem de alimentos

A Anvisa é o órgão que estabelece quais as informações devem constar nos rótulos dos alimentos, visando garantir a qualidade do produto e a saúde da população. As regras são importantes para que as empresas forneçam à população dados que ajudem na hora da escolha do produto.
Lista de ingredientes, prazo de validade e informações nutricionais estão entre os itens obrigatórios nos rótulos, assim como a medida caseira, que é como o consumidor mede os alimentos (fatias, xícaras, colheres, etc). 
Fonte: ANVISA


Informações sobre conservantes, lactose, glúten e diversos outros itens usados na composição de alimentos enlatados e processados são especialmente importantes para pessoas com algum tipo de alergia ou intolerância a ingredientes ou doenças como obesidade, hipertensão e diabetes.
As regras também incluem o que as empresas não podem usar nos rótulos, como palavras e informações falsas ou que induzam ao erro. 


Nova regulação
Em breve, entrarão em vigor novas normas sobre rotulagem nutricional de alimentos no Brasil, tema amplamente discutido com empresas do setor regulado, órgãos do governo e de defesa do consumidor, além parceiros e a sociedade em geral. 
O objetivo da revisão das regras para rotulagem nutricional de alimentos é garantir mais clareza e qualidade das informações sobre valores nutricionais e composição dos produtos  que estão em comercialização no mercado brasileiro.
Neste processo de revisão, está sendo analisada a criação de uma informação simplificada e padronizada no painel principal do rótulo do alimento, de fácil identificação e compreensão pelo consumidor, que indicará se o alimento tem alta concentração de nutrientes de preocupação à saúde humana.

Exceções
Embora a Anvisa regule a rotulagem nutricional dos alimentos, há categorias que estão fora do escopo da norma, como as bebidas alcoólicas, especiarias, águas minerais naturais e as demais águas envasadas para consumo humano, além de vinagres, sal, café, erva mate, chá e outras ervas sem adição de outros ingredientes (como leite ou açúcar).
Também não estão sob o escopo da rotulagem nutricional os alimentos preparados e embalados em restaurantes e estabelecimentos comerciais, como sobremesas, musse, pudim e salada de frutas. A lista inclui, ainda, produtos fracionados nos pontos de venda a varejo como queijos, salame, presunto, além de frutas, vegetais e carnes in natura, refrigerados e congelados. No entanto, até as exceções serão rediscutidas no processo regulatório que está em curso.

Fonte: ANVISA
Referências

·       Rotulagem de Alimentos – Anvisa:
·       Manual de Orientação ao Consumidor – Educação para consumo Saudável, Cartilha Anvisa:

quinta-feira, 23 de julho de 2020

VEGANISMO E A ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE


O VEGANISMO E A ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE
Muitas pessoas vivem com pressa, sem tempo para as atividades diárias, fazem tudo correndo para que sobre algum tempo para fazer algo a mais ou simplesmente não fazer nada.
Isso faz com que pessoas sofram de ansiedade, depressão e outras doenças cognitivas. Razão pela qual muita gente tem procurado ajuda médica e terapias alternativas, como a meditação.
E o que tudo isso tem a ver com alimentação consciente? O termo nasceu a partir de atenção plena, uma prática para pessoas que querem desacelerar e curtir mais a vida presente e os momentos que estão vivendo, curando até mesmo casos de ansiedade e depressão.
Fonte: https://agenciauva.files.wordpress.com/2019/10/vegano2.jpg

O vegetarianismo é, além de uma dieta, um estilo de vida que consiste na exclusão da alimentação de todos os tipos de carnes, aves, peixes e seus derivados, com ou sem a utilização de laticínios ou ovos (que são alimentos de origem animal). Ou seja, ser vegetariano significa ter como princípio não comer produtos que impliquem na morte de qualquer ser do reino animal (Slywitch, 2010). Já o veganismo, que é considerado outro sistema alimentar, exclui da alimentação quaisquer produtos de origem animal, além de adotar o não consumo de produtos que possuem em sua origem e manufatura ingredientes de origem animal.
Logo, podemos entender melhor a configuração dos modelos de práticas alimentares e compreender como estas são adotadas devido a padrões construídos social e culturalmente.

O QUE É ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE?
Criada a partir do termo Mindfulness, é conhecida ao redor do mundo como Mindfull Eating, que em português foi traduzido como Alimentação Consciente.
Mindfulness é uma técnica que faz você se concentrar no presente e apreciar o que está nele: seu corpo, seus pensamentos, o ambiente a sua volta, o gosto dos alimentos, etc. E com isso, você fica mais relaxado, ganha mais tempo, diminui a ansiedade, estresse, entre outros fatores.
Logo, Mindfull Eating é a técnica de você se concentrar e se preocupar com tudo que você coloca no seu prato e consome. Isso não tem ligação com a quantidade de calorias que você ingere e sim as coisas boas que come e o impacto que elas causam no mundo.

QUAL A RELAÇÃO ENTRE ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE E O VEGANISMO?
Veganos e vegetarianos optaram por esse estilo de vida por tomarem consciência dos malefícios que o consumo de carne trazem para a saúde deles, para os animais e para o meio ambiente.
A partir do momento em que você toma consciência de tudo que ingere, passa a se preocupar com esses fatores também. Sobre o impacto ambiental, na saúde e nos animais.
A partir disso, adeptos ao vegetarianismo e veganismo, consequentemente, passaram a se importar e se informar mais sobre cada alimento que passam a ingerir, e a se preocupar se fazem bem ou não ao seu organismo.

COMO COLOCAR EM PRÁTICA A ALIMENTAÇÃO CONSCIENTE?
Você precisa se lembrar que nos alimentamos para nutrirmos nosso corpo, trazer energia para continuarmos com o nosso dia a dia. Por isso, a alimentação consciente vai muito mais além que uma dieta.
Confira algumas dicas de como colocar em prática a alimentação consciente.

PRESTE ATENÇÃO EM CADA REFEIÇÃO
Essa primeira dica está bem relaciona à atenção plena em relação à sua alimentação.
Seja no café da manhã, almoço, janta ou lanche, foque no que está comendo e nas sensações que você está sentindo ao ingerir aquela refeição. Sinta o sabor, a textura, preste atenção em cada detalhe.
Coma devagar, dê intervalos entre uma garfada/mordida e outra. Deixe o seu corpo sentir os alimentos e entender que está sendo nutrido.

TIRE OS ALIMENTOS DE ORIGEM ANIMAL
Pesquise sobre a produção de carne e laticínios, tome consciência sobre os impactos desses “alimentos” para o seu organismo e para o planeta.
Você verá que restringindo-os, descobrirá novos sabores e poderá desfrutar de novas experiências a cada refeição.
Alimentos de origem animal costumam inflamar seu organismo, trazendo má disposição e sensação de peso e mal-estar, dessa forma, fica mais difícil de entender seu organismo.

SEJA ADEPTO À SEGUNDA SEM CARNE
Se for muito difícil para você no começo tirar todos os alimentos de origem animal, comece retirando-os pelo movimento segunda sem carne.
Esse movimento foi criado há anos e o Brasil é um dos países que mais têm adeptos e divulgadores dessa boa prática.
Comece pela segunda e verá quão boa é a sensação de se desintoxicar das inflamações causadas por alimentos de origem animal.
Grãos integrais, sementes, vegetais, legumes, verduras e todos os alimentos que a natureza nos dá são energias ótimas para o nosso corpo. Experimente essa dieta e coma prestando atenção em cada um desses alimentos.

FONTES:
LIMA, Pâmela Pitágoras Freitas. A construção social da alimentação: o vegetarianismo e o veganismo na perspectiva da psicologia histórico cultural. 2018.

Referências:

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Alimentação vegetariana e ingestão adequada de nutrientes


Alimentação vegetariana e ingestão adequada de nutrientes

Seja por questões, pessoais, ambientais, de saúde ou em defesa dos animais, o número de adeptos ao vegetarianismo vem crescendo em várias partes do mundo e surgem certas duvidas como: os vegetarianos são pessoas saudáveis? Conseguem atingir as metas nutricionais?


Fonte: Super interessante; disponível em: https://super.abril.com.br/saude/alerta-aos-veganos-fiquem-de-olho-nesses-nutrientes/

Quem é considerado vegetariano

Do ponto de vista nutricional, vegetarianismo é não se alimentar de nenhum tipo de carne (porco, vaca, frango, peixes, frutos do mar, entre outros), nem de produtos feitos à base de carne (presunto, Hambúrguer, salame, etc.). Qualquer pessoa que se alimente com qualquer tipo de carne, mesmo que ocasionalmente, não pode ser considerado vegetariano, alguns profissionais utilizam a definição de “semivegetariano”, que é quem consome carne no máximo em três refeições por semana, porém, vale enfatizar que semivegetariano, não é vegetariano, uma vez que tem a carne incluída em sua dieta.
A inclusão ou exclusão de alguns derivados de origem animal é o que determina o tipo de vegetarianismo adotado:

Vegetariano estrito: não consome nenhum tipo de carne, ovos, leite, mel, derivados ou produtos que contenham derivados de animais em sua composição como, gelatina, albumina, proteínas do leite, alguns corantes e espessantes.

Lactovegetariano: não consome carne e ovos, porém laticínios são incluídos na dieta.

Ovovegetariano: não consome qualquer tipo de carne ou laticínios, porem os ovos estão presentes em sua dieta.

Ovolactovegetariano: não consome carne, mas ovos e laticínios estão presentes em sua dieta.

O Guia Alimentar Para A População Brasileira reconhece o vegetarianismo como uma opção saudável, mas ressalta que a restrição de qualquer alimento obriga que se tenha uma maior atenção em relação às combinações e substituições e no caso de duvidas sempre se deve consultar um profissional de saúde para orientação.


Cuidados nutricionais na alimentação vegetariana

Fonte: Mundo boa Forma; disponível em : https://www.mundoboaforma.com.br/26-alimentos-ricos-em-sais-minerais/

Alguns estudos demonstram que em uma dieta vegetariana estrita bem planejada, apenas a vitamina B12 pode estar em quantidade inadequada, necessitando complementação, todos os demais nutrientes podem ser complementados em uma dieta bem planejada.
No cardápio de um vegetariano deve conter alimentos que sejam ricos em ferro, cálcio, vitamina B12, gorduras (tipo Ômega 3) e caso a exposição ao sol não seja adequada, pode haver complementação de vitamina D.

Proteínas: As proteínas são compostas por aminoácidos, e todos os aminoácidos essenciais, necessários para o bom funcionamento do organismo são encontrados em abundância em vegetais. Cereais e leguminosas contém todos os aminoácidos essenciais, porém em diferentes proporções, por isso é indicado o consumo diário destes, mesmo que não seja na mesma refeição, mas devem ser consumidos todos os dias.
Alimentos de origem vegetal contém um menor teor de proteínas em relação a alimentos de origem animal, porém ainda que menor este é maior do que o organismo necessita. Além disso, fontes proteicas de origem vegetal contêm boa quantidade de fibra, diversos micronutrientes e baixo teor de gordura.
As leguminosas como o grão de bico, ervilhas, lentilhas, favas, soja e outros tipos de feijão, são mais nutritivas e ricas em proteínas sendo as substitutas mais indicadas para as carnes, sendo mais adequada que a proteína vegetal texturizada.

Ferro: Alguns estudos mostram que a ingestão de ferro é maior entre vegetarianos estritos que ovolactovegetarianos e não vegetarianos, uma vez que o consumo de vitamina C tende a ser maior entre vegetarianos, há maior absorção de ferro de origem vegetal.
As folhas verde-escuras (agrião, couve, cheiro-verde, taioba), as leguminosas (feijões, lentilha, grão-de-bico, ervilha), os grãos integrais, as oleaginosas (nozes e castanhas), melado de cana-de-açúcar, rapadura e açúcar mascavo são boas fontes de ferro, o consumo de frutas e legumes que contenham vitamina C e ácidos orgânicos melhora a disponibilidade do ferro ingerido e minimizam o efeito do ácido fítico presente nos grãos (o ácido fítico diminui a absorção de minerais como ferro, cálcio e zinco). De preferência a alimentos integrais, evite o consumo de alimentos que contenham ácido fítico ou componentes que dificultem a absorção de minerais (chás, café e laticínios).

Cálcio: o cálcio é um mineral importante para a manutenção das células do corpo e por dar força e resistência aos ossos. A deficiência desse mineral pode levar a osteoporose. Folhas verde-escuras, as oleaginosas, leguminosas, brócolis e algumas frutas (açaí, banana, mamão) são excelentes fontes de cálcio. Para uma melhor absorção do cálcio evite o consumo de alimentos ricos em oxalato como, espinafre, folhas de beterraba, acelga e o cacau, pois este composto reduz a absorção do cálcio, evite a ingestão de teores elevados de proteínas, pois dietas hiperproteicas elevam a excreção de cálcio por via urinária, diminuir o consumo de sal, pois a eliminação do sódio em excesso pela urina acaba levando parte do cálcio e pelo menos três vezes por semana tomar sol durante 15 minutos no inicio da manhã ou fim da tarde, pois a formação da vitamina D é um fator importante no metabolismo do cálcio.

Ômega 3: há dois tipos de lipídeos, denominados ácidos graxos essenciais, que nosso organismo não consegue produzir, o ômega 6 e ômega 3, a ingestão de ambos é importante para o equilíbrio de diversas funções do organismo, principalmente reações imunológicas,  Normalmente, o ômega 3 é encontrado nos pescados, como a sardinha. Mas no caso dos vegetarianos, as fontes de origem vegetal desse nutriente incluem: nozes, castanhas, amêndoas, soja, abacate, óleo de canola e azeite e linhaça.

Vitamina B12: Esse é o único nutriente que o vegetariano talvez precise complementar, mesmo com uma alimentação bem planejada, pois a vitamina B12 só está presente em quantidade significativa nos alimentos de origem animal, como ovo de galinha, peixes, carnes, fígado e produtos lácteos. É por esse motivo que vegetarianos estritos precisam fazer suplementação nutricional.
A vitamina B12, assim como o ferro, deve ser corrigida sempre de forma medicamentosa. Não se consegue isso apenas com a ingestão de alimentos, pois o teor desses nutrientes nos alimentos, sejam vegetais ou de origem animal, é muito menor do que a dose exigida para correção.

Referências:
https://saudebrasil.saude.gov.br/eu-quero-me-alimentar-melhor/sou-vegetariano-como-fica-minha-ingestao-de-proteina
https://www.svb.org.br/livros/alimentacao-vegetariana.pdf