A Food and Drug Administration reconhece a segurança da
aplicação do ozônio como sanitizante em alimentos e nos últimos anos,
aumentou-se o interesse na aplicação desse gás no processamento de alimentos já
que apresenta eficácia em pequenas quantidades, sua decomposição não gera
metabólitos tóxicos e demanda pouco tempo de contato para surtir efeito. Com
esse pensamento, pesquisadores da Embrapa Agroindústria e Alimentos recentemente
validaram uma nova tecnologia pós-colheita que – utilizando do ozônio – reduz contaminações
por fungos e micotoxinas em grãos de milho.
Um dos principais pontos na utilização do ozônio é a
possibilidade de substituir sanitizantes a base de cloro, com ênfase no fator
de que ele pouco altera características as características químicas e
sensoriais. Diferente de métodos que acabam inviabilizando o alimento para o
consumo, a aplicação de ozônio descontamina e degrada resíduos e contaminantes
ao degradar as paredes celulares de microrganismos.
Na pesquisa realizada pelos profissionais da Embrapa,
resultados como redução de 57% dos níveis de aflatoxinas e redução da contagem
de fungos totais foram observados. Os grãos de milho que sofreram tratamento
intenso – alta concentração de ozônio por longo período de tempo – apresentaram
resultados ainda melhores. As análises múltiplas realizadas após o tratamento
permitiam analisar, simultaneamente, treze micotoxinas em milho – como fumonisinas
e ocratoxinas – que causam danos à saúde dos consumidores e dificultam a
exportação.
Dada a importância do milho na agricultura e –
consequentemente – economia brasileira, observa-se a importância de avanços
tecnológicos como o citado acima, para garantir não apenas produtos de maior
qualidade como maior segurança para os consumidores.
Referências:
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