A cisticercose suína é uma doença derivada da ingestão de ovos de Taenia solium que, em sua forma adulta, possui o homem como hospedeiro final e nos suínos se encontram no estado larval conhecido como Cysticercus cellulosae. Alguns dos sintomas observados no ser humano ao ser contaminado são dor abdominal, anorexia e outras manifestações gastrointestinais, sem consequências mais graves. Já a teníase pode levar a quadros de cisticercose humana que, se chegar ao cérebro, adquire sua manifestação mais grave, chegando a causar o óbito. Nesse caso a sintomatologia é observada por crises convulsivas que se agravam de acordo com o aumento de pressão intercraniana, podendo acarretar em meningoencefalite e distúrbios de comportamento. É uma doença que pode nunca se manifestar e perdurar assintomática durante anos.
AGENTE ETIOLÓGICO: T. solium, pertencente a ciclóides cilofilídeos da família Taeniidae, é o verme do porco que causa infecção intestinal quando em forma adulta, e em sua forma de cisticerco provoca infecção somática.
MODO DE TRANSMISSÃO: Os suínos a adquirem quando ingere água ou alimentos contaminados com material fecal humano contendo ovos de T. solium. Já o homem a contrai quando ingere carne suína crua ou mal cozida que contenha cisticerco. Ao manusear verduras ou qualquer outro alimento sem a devida higienização das mãos, o homem também pode sofrer auto-infecção. Os movimentos peristálticos do intestino podem fazer uma tênia alcançar o estômago e voltar para o intestino liberando oncosferas (outra forma de auto-infecção)
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: varia de 1 a 3 dias, tendo manifestações clínicas de 2 a 5 anos após a infecção.
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTOS: Exames laboratoriais:
- Exame do líquido cefalorraquidiano: uma vez que o parasita determina alterações compatíveis com inflamação crônica
- Provas sorológicas: resultados limitados por não permitir localizar ou estimar quantitativamente o parasita, além do fato de que a presença de anticorpos não é certeza de infecção recente.
Exame radiológico: promove imagens dos cistos calcificados, onde o aspecto é característicos (ex.: calcificação só ocorre após morte do parasita)
Tomografia computadorizada: auxilia na localização de lesões no sistema nervoso central para ambas os aspectos do cisto, calcificado ou viável.
Exame anatomopatológico: realizado ante-mortem quando há possibilidade de biópsia e análise histopatológica de nódulos subcutâneos; ou post-mortem, com autópsia ou necropsia.
O tratamento normalmente é realizado com praziquantel ou niclosamida. Também há a abordagem cirúrgica para aliviar a dor, além da hospitalização e tratamento com Praziquantel ou Albendazol (para os pacientes com cisticercose ativa no sistema nervoso) que controla o edema cerebral pela morte do cisticerco com uma série de corticóides.
MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE:
- Irrigação de hortas e pastagens com água limpa e não adubar com fezes humanas;
- Não ingerir carne cruz, insuficientemente cozida ou provinda de abate clandestino;
- Lavar bem as mãos após uso do banheiro e antes das refeições;
- Lavar bem os alimentos, especialmente verduras, hortaliças e frutas;
- Consumir apenas água tratada;
- Tratamento de efluentes;
- Exames de fezes periódicos, especialmente em moradores de regiões rurais.
http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/zoonoses/publicacoes/Teniase_X_Cisticercose.pdf
http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-de-vigilancia/doencas-transmitidas-por-agua-e-alimentos/doc/parasitas/taenia_solium.pdf
https://www.todoestudo.com.br/biologia/teniase
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