É de conhecimento comum que nossos hábitos alimentares afetam diretamente nossa saúde, porém uma descoberta relativamente recente é de que a microbiota, que nada mais é do que os microrganismos (como bactérias), não apenas colabora para a digestão e obtenção de nutrientes, mas também tem importante papel na produção de hormônios e até na imunidade.
A saúde e equilíbrio desta microbiota depende de diversos fatores como genética, uso de medicamentos, mas abordaremos mais especificamente sobre os alimentos ou componentes como as fibras.
As fibras são componentes extremamente importantes, apesar de não serem digeridos por nosso organismo servem como alimento para diversas bactérias benéficas de nossa microbiota. Além de atuar na saúde intestinal garantindo um melhor fluxo e consequentemente regularidade em relação as evacuações, atua também no controle do apetite.
As fibras se dividem em dois principais tipos: solúveis, atuam absorvendo água e produzindo uma espécie de gelatina, que atua na absorção de nutrientes, enquanto o segundo tipo, as chamadas insolúveis, não sofrem qualquer modificação atuando na fluidez já citada acima.
Diversos alimentos contêm fibras, como é o caso dos alimentos integrais, compostos essencialmente por cereais como trigo, aveia, arroz, chia e linhaça.
O cerais diferentemente dos alimentos processados possuem a integralidade das partes dos cerais, sendo elas o gérmen, farelo e endosperma (este último é onde se encontra o amido, sendo utilizado apenas esta parte nos processados).
Os alimentos integrais apresentam ainda além dos benefícios a microbiota diversos outros como: redução dos colesteróis, reduz níveis de açúcar no sangue, efeito protetivo nos dentes. ajudando no higiene bucal, atuam como fator preventivo em diversas patologias.
Tantos benefícios por sua vez levam a uma maior procura e adesão destes por parte da população, desta maneira torna-se necessário que haja normas relativas a tais produtos, neste contexto a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou uma nova resolução a RDC 493/2021, na qual fica estabelecido regras quanto a classificação dos alimentos à base de cerais, como os integrais ou do destaque para a sua presença no alimento.
Sendo assim, de acordo com a nova RDC para que o alimento seja classificado como integral, deverá apresentar no mínimo 30% de ingredientes integrais e ainda a quantidade de ingredientes integrais contidos na fórmula deve ser mais do que a proporção dos refinados, e a palavra integral poderá ser posta no rótulo, desde que haja o percentual de cada ingrediente integral composto na fórmula, tais regras devem chegar aos mercados até abril de 2022.
Referências
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