Listeria monocytogenes e listeriose
Microscopia eletrônica:
biofilme de Listeria monocytogenes
Introdução
A partir das
alterações mais recentes feitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), sobre as regras de produção leiteira no Brasil, visando
principalmente o melhoramento da qualidade do leite produzido e ressaltando a
importância da educação sanitária, trataremos
a seguir sobre a listeriose.
A listeriose é
uma toxinfecção causada pela bactéria do gênero Listeria pertencente à ordem Bacillales, sendo um dos poucos
representantes do grupo que é um patógeno humano. Tal bactéria pode ser
encontrada em principalmente no solo e na água, e embora seja incomum em
alimentos, nenhuma fonte alimentar é considerada totalmente segura em relação a
uma possível contaminação, pois pode ocorrer em qualquer etapa da produção ou
processamento.
Agente etiológico
O
agente causador da doença é a bactéria Listeria
monocytogenes, que por sua vez é do tipo cocobacilos, gram-positiva, não
formadora de esporos, catalase positiva, geralmente forma cadeias de 3 a 5
células. São tolerantes à sal, ácido, frio e aeróbios facultativos.
Transporte de Listeria monocytogenes entre macrófagos
Descrição da doença
A
listeriose é uma infecção que pode gerar uma série de sintomas, como dor
muscular, febre, diarréia e outras desordens gastrintestinais, apresentando variações
de acordo com a pessoa infectada. Em adultos, com menos de 40 anos, a doença se
mostra mais branda, no entanto, em idosos e imunodeprimidos há risco de
septicemia e meningite que são os quadros mais comuns para o grupo, e
apresentam taxa de letalidade de cerca de 50% e 70%, respectivamente. Em
gestante, a doença representa grande risco, pois há grandes chances de morte,
aborto do feto e chances de infecção do lactente recém-nascido.
Tempo de incubação
O
tempo de incubação pode ser curto, com variação desde algumas horas até 3 dias.
Porém, a forma mais invasiva é mais longa e
pode levar de 3 dias a 3 meses.
Reservatório
Os
principais reservatórios são: o solo, a água, lodo e forragem.
Modo de transmissão
O
modo de transmissão se dá principalmente pela ingestão de alimentos
contaminados. Água, carnes prontas para consumo, incluindo peixes e frutos do
mar, laticínios não pasteurizados, e o leite cru ou não pasteurizado
adequadamente, são as principais vias alimentares de disseminação dessas
bactérias. Há casos raros de transmissão através do contato direto com material
infeccioso como lesões na pele em ambientes hospitalares.
Diagnóstico e tratamento
O
diagnóstico é feito pelo isolamento da L.
monocytogenes a partir do fluido cérebro espinhal, sangue, placenta,
líquido amniótico ou fezes, embora este último seja menos eficaz. Podem ser
realizados testes de isolamento do agente infeccioso nos alimentos que foram
ingeridos pelo paciente, através do cultivo direto,e mais recentemente por
testes moleculares, que se mostram mais eficientes.
O tratamento é
feito com o uso de antibióticos, sendo a
penicilina, ampicilina ou trimetoprima suplementado com sulfametoxazol
no caso de pacientes alérgicos a penicilinas.
Suscetibilidade e resistência
Os
grupos mais suscetíveis à doença são: gestantes; fetos/neonatos;
imunodeficientes; pacientes com câncer; diabéticos e idosos. Adultos saudáveis,
via de regra apresentarão sintomas mais brandos, com um quadro mais ameno.
Medidas preventivas
Referência bibliográficas
MADIGAN, Michael T. et al.
Microbiologia de Brock. 14. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016. 1032 p. Disponível
em:
<https://books.google.com.br/books?id=fk_WCwAAQBAJ&printsec=frontcover&hl=pt-BR&source=gbs_ge_summary_r&cad=0#v=onepage&q&f=false>.
Acesso em: 12 maio 2019.
TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell
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ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
http://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-prof.-alexandre-vranjac/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-hidrica-e-alimentar/patogenosdoencas
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