Fonte: www.vidaativa.pt
A
Escherichia coli é uma bactéria que
abita o intestino humano e de animais de sangue quente. Esta bactéria possui
forma de bacilo, é Gram-negativa, não esporulada, é anaeróbia facultativa e
fermentadora de açucares. Embora a maioria das estirpes de Escherichia coli serem inofensivas, algumas de suas espécies podem
causar graves problemas de saúde. As principais estirpes que causam infecções
intestinais são: E. coli enterotoxigênica,
enteroinvasiva, enteropatogênica e enterohemorrágica.
·
E. coli enterotoxigênica: provoca diarreia
aquosa, chamada diarreia do viajante,
pode ocorrer febre baixa, cólicas abdominais, náuseas e fadiga. Isso ocorre,
pois essa espécie possui capacidade de fixar-se à mucosa do intestino e
produzir toxinas. Os sintomas podem durar de 3 a 19 dias.
·
E. coli enteroinvasiva: causam arrepios,
febres, fezes com sangue e dores abdominais e de cabeça. Devido a fagocitose
dessa bactéria pelo enterócito (célula mucosa do intestino), onde se
multiplicam e invadem outros enterócitos, levando a morte das células. Os
sintomas se iniciam de 8 a 24 horas após a ingestão de alimento contaminado.
·
E. coli enteropatogênica: leva a uma
diarreia aquosa e dificulta a absorção de nutrientes em recém-nascidos, devido
a lesões provocadas nas microvilosidades. Podem provocar também febre, arrepio,
dores abdominais, vômito e náuseas.
·
E. coli entehemorrágica: provoca
diarreias sanguinolentas, devido a toxina produzida por essas estipes, causando
a morte das células do intestino grosso. Também pode provocar vômito e cólicas,
e o período de incubação é de 3 a 9 dias. Cerca de 5% a 10% das pessoas
infectadas por essa espécie desenvolvem a Síndrome Hemolítica-Urémico e a
Púrpura Trombocitopênica Trombótica, doenças que causam insuficiência renal
aguda e fenômenos de trombose.
Transmissão
A
transmissão da E.coli acontece
principalmente pela via oral/fecal, ou seja,
através da ingestão de água e alimentos contaminados por fezes de
animais ou humanas, devido ao saneamento deficiente, más praticas de fabricação
e falta de higiene pessoal dos manipuladores de alimento.
Carnes
mal cozidas, leite não pasteurizado, vegetais crus mal lavados, sucos não
pasteurizados e queijo são alguns dos alimentos que podem provocar surtos de
contaminação por E. coli.
Tratamento
O
tratamento de infecção por E. coli vão
depender dos sintomas e da idade da pessoa, mas geralmente é tratada com:
·
Repouso;
·
Aumento
no consumo de água tratada;
·
Alimentação
leve;
·
Medicamentos
orientados pelo médico para aliviar dor e desconforto.
Prevenção
1. Higiene pessoal:
Lavar
as mãos com sabão e agua corrente potável antes de comer e após o uso do
banheiro, troca de fraudas, contato com animais e alimentos crus.
2. Manipulação de alimentos
·
Lavar
as mãos com sabão e água potável antes de manipular os alimentos;
·
Utilizar
talheres e utensílios de cozinha limpos;
·
Manter
as áreas da cozinha e refeições limpos;
·
Pessoas
com diarreia ou vômitos não devem manipular alimentos.
3. Evitar contaminação cruzada
·
Manter
alimentos crus separados dos cozidos;
·
Usar
utensílios diferentes para alimentos crus e cozidos.
4. Alimentos seguros
·
Cozinhe
bem os alimentos;
·
Lavar
bem os vegetais e frutas, retirar a casca se for consumido cru;
·
Manter
os alimentos em temperaturas seguras, abaixo de 5°C ou acima de 60°C.
Referencias
Alves,
A. R. F. Doenças alimentares de origem
bacteriana. 87f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas).
Faculdade de Ciências da saúde, Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2012.
E.
coli: principais fontes de contaminação e
prevenção. Disponível
em <www.vidaativa.pt> Acesso em 05 de maio de 2018.
Escherichia
coli. Disponível em <www.todamateria.com.br/eschericchia-coli> Acesso em 07 de maio de 2018.
Nenhum comentário:
Postar um comentário