Clostridium botulinum
O Clostridium botulinum é um bacilo gram positivo, formador de esporos, anaeróbio putrefativo, móvel por flagelos e são encontrados amplamente distribuídas na natureza: no solo e na água, nas plantas, em trato intestinal de animais e peixes e desenvolvem-se apenas em pouco ou nenhum oxigênio. O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, causada pela ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.
- O botulismo é considerado uma das doenças mais graves conhecidas no mundo. É uma doença microbiana rara e agressiva, causada pelo agente Clostridium botulinum, encontrada em alimentos em conserva ou enlatados sem os devidos cuidados sanitários.
Alguns alimentos,
principalmente aqueles em conserva, se não forem adequadamente manipulados e
estocados, podem se transformar em um excelente meio para a proliferação
do Clostridium botulinum.
Os microrganismos que circundam nosso
meio, assim como nós, necessitam de nutrientes para se desenvolver e perpetuar
a sua espécie, entretanto, essa necessidade pode ser prejudicial tanto a seres
humanos como aos animais. Através da invasão desses pequenos organismos em
alimentos, há uma deterioração e diminuição do tempo de vida útil, tornando-se
inviável para utilização nutricional.
Transmissão
As
bactérias produzem uma toxina que causam vários tipos de botulismo:
Botulismo
alimentar: Forma mais comum de botulismo. A
bactéria Clostridium botulinum se desenvolve em alimentos com
baixo oxigênio e produz toxinas que são transmitidas através da ingestão. Entre
os alimentos mais afetados, encontram-se vegetais enlatados (espinafre, feijão
verde ...), conservas de atum ou peixe fermentado.
Botulismo infantil:
Causado pela colonização do intestino por Clostridium botulinum. A
contaminação ocorre pela ingestão de mel ou de poeira com esporos da bactéria.
O botulismo infantil afeta principalmente crianças com menos de um ano, mas, às
vezes, pode afetar adultos.
Botulismo de
feridas: Aqui, a contaminação ocorre através de uma
ferida aberta. É uma forma muito rara da doença que afeta principalmente as
pessoas que usam drogas por seringas.
Sintomas
- A toxina afeta o sistema nervoso. Os sintomas geralmente aparecem dentro de 18 a 36 horas, mas às vezes pode aparecer dentro de um mínimo de 4 horas ou até 8 dias depois de as comer, visão dupla, pálpebras caídas, dificuldade para falar, engolir e respirar. Se não for tratada torna-se fatal em 3 a 10 dias.
- A doença se mostra de forma súbita e progressiva. Os sinais e sintomas são gastrintestinais e neurológicos;
- Com a evolução da doença, a fraqueza muscular pode se propagar para os músculos do tronco e dos membros. Isso ocasiona dificuldade em respirar e em atos como o de engolir e mastigar;
- Entre os sintomas neurológicos estão a dor de cabeça, a vertigem, tontura, a visão turva e as pupilas dilatadas que não reagem à luz;
- Os sintomas gastrintestinais são náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal.
Prevenção para o Botulismo
É possível prevenir o surgimento do Botulismo através de uma
dieta balanceada e bem preparada, já que o principal motivo do problema está no
consumo de alimentos em conserva produzidos de forma indevida ou fora do prazo
de validade, como aspargos, milho, feijão, palmito, entre outros. Além disso, lavar bem os alimentos antes de
consumi-los, cozinhar as verduras e legumes, evitar o consumo de carnes cruas e
manter sempre a higiene na cozinha.
Tratamento para botulismo
Existe um antídoto para a
toxina botulínica, chamado soro antibotulínico (SAB). Este tratamento, porém,
só atua contra a toxina circulante no sangue, ou seja, contra aquelas que ainda
não se fixaram aos nervos. Portanto, quanto mais precocemente o soro
antibotulínico for iniciado, maior será a sua eficácia. Antibióticos, como a
penicilina, podem ser usados nos casos de botulismo por feridas, ajudando a
eliminar qualquer bactéria que esteja se reproduzindo dentro das lesões. Nos
pacientes alérgicos à penicilina, o Metronidazol é uma opção.
Notificação
A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou que os pais não dêem mel para seus
filhos com menos de um ano de idade. A preocupação é com o botulismo, doença
potencialmente fatal causada por bactérias. O mel caseiro, embalado sem controle
adequado, muitas vezes abriga os microrganismos -- estudos mostraram a presença
deles em cerca de 5% do mel brasileiro.
Referências
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