1) Introdução
Halobacterium é um membro da Archaebacteria. É um
organismo unicelular que é rodeado por uma membrana de célula única, cada
organismo é semelhante a haste em forma e possui mecanismos de movimento, tais
como a utilização de vesículas de gás e flagelos. Requerem um ambiente que
fornece cerca de 17% a 23% de NaCl para um bom crescimento. Elas não crescem em
soluções com menos de 15% (a água do mar não é suficientemente salgada para
elas). Portanto, as halobactérias vivem em ambientes altamente salinos,
formando uma enorme população de um pequeno e distinto grupos de bactérias,
podendo formar colônias imóveis (Halococcus) ou possuírem um flagelo polarizado
(Halobacterium).
2) Desenvolvimento
A estrutura bioquímica da célula (enzimas e
ribossomos) não só é tolerante a salinidade excessiva, como a presença de alta
concentração de sal é condição primordial para o perfeito funcionamento do
metabolismo celular. Algumas bactérias extremamente halófilas apresentam
pigmentos vermelhos (carotenóides) na sua membrana, que funcionam como uma
proteção natural à alta intensidade luminosa característica natural do meio
onde vivem esse tipo de bactéria. Arqueobactérias halófilas extremas são
aeróbias com um complexo metabolismo nutricional. Desenvolvem freqüentemente um
“rastro” colorido (vermelho/ alaranjado) sobre pele de peixes secos e outros
alimentos tratados com sal, além de crescerem otimamente em tanques industriais
que produzem sal.
A maioria das halobactérias são obrigatoriamente
aeróbias, entretanto algumas espécies de Halobacterium podem gerar ATP por
fotofosforilação. Quando espécies de halobactérias estão sujeitas a competição
por limitação de oxigênio, elas sintetizam quimicamente uma modificação em sua
parede celular. Em células aeróbias, a membrana celular é vermelha devido a
alta concentração de carotenoídes. A transformação para a anaeróbias induz o
crescimento e síntese de um novo componente: a membrana púrpura. Essa membrana
estabelece uma discreta mancha, que pode vir a cobrir metade (ou mais) da área
total da membrana e pode ser facilmente distinguido em elétron micrografia de
células congeladas. Em presença de luz, o pigmento bacterideofóro age como uma
bomba de prótons, convertendo a luminosidade em uma força promotora através da
membrana da célula, podendo ser usada para aumentar os níveis de ATP celular.
Halobacterium pode gerar ATP anaerobicamente em presença de luz, mas não pode
crescer sob essa condição. Fotofosforilação é usada só para aumentar a
viabilidade das células em crescimento. A impossibilidade de Halobacterium
crescer anaerobicamente, mesmo em presença de luz, reflete a necessidade
molecular do oxigênio para a síntese do pigmento retinóide a partir do
beta-caroteno.
Curiosidade: O pescado salgado pode ser deteriorado
por bactérias halotolerantes, como halofílicas dos gêneros Halococcus e Halobacterium
causadores de alterações na cor, sendo vermelhidão a alteração mais ocorrida. A
parte do peixe mais suscetível à deterioração são as brânquias. Os primeiros
sinais de deterioração são notados quando exalam odor desagradável.
3) Conclusão
Halobacteria é uma promessa na sala de aula, devido
à sua alta durabilidade e requisitos de manutenção simples. Estes archaeans
podem ser cultivadas a partir de colônias de células, de modo que os estudos
sobre o crescimento de halobacteria pode facilmente ser realizado numa
instalação de laboratório de escola ou faculdade. Temperatura, oxigénio, concentração
de sal, e a exposição à luz são apenas alguns dos fatores que podem afetar o
crescimento de halobacteria e a expressão de vários genes, tais como aqueles
que ditam o pigmento.
4) Referencias
http://www2.bioqmed.ufrj.br/prosdocimi/chicopros/ensino/didaticos/arqueobacterias.html
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