A listeria monocytogenes é um microrganismo patogênico de distribuição ubiquitária,
sendo responsável por surtos de listeriose em humanos. Esta bactéria é
conhecida desde 1926 como causadora de doenças em animais e desde 1929 como
agente da listeriose humana, mas somente na década de 1980 a listeriose ficou
conhecida como uma importante zoonose transmitida por alimentos devido a ocorrência
de vários surtos e passou a ser uma ameaça
para a indústria alimentícia e para a saúde pública.
Características
gerais
Listeria monocytogenes é um bacilo Gram-positivo, não formador de esporo, anaeróbico
facultativo. São bactérias móveis devido a flagelos, apresentando movimento característico
denominado tombamento que auxilia na sua identificação. Este microrganismo do gênero
Listeria são capazes de se multiplicar numa ampla faixa de temperatura
e possuem atividade fermentativa sobre
carboidratos, produzindo lactato sem
produção de gás quando metabolizam glicose. Produzem catalase, mas não oxidase,
e apresentam resultados positivos tanto no teste de Voges–Proskauter como no
de vermelho de metila.
A principal fonte
de contaminação por Listeria monocytogenes é por meio do consumo
de alimentos contaminados, sendo este de origem animal ou vegetal. Em geral o
microrganismo tem sido encontrado em leite cru, queijo, carnes frescas ou
congeladas, frangos, frutos do mar, frutas e produtos vegetais.
Fonte: arquivo.fmu.br/prodisc/medvet/fms.pdf
Listeriose
A bactéria Listeria
monocytogenes é a causadora de uma das mais severas infecções de origem
alimentar a listeriose. Em adultos, a doenças pode se manifestar tanto como
forma invasiva como não invasiva. A doença invasiva é caracterizada por
sintomas severos e os mais freqüentes são a meningite e a encefalite. Em
mulheres grávidas, a listeriose pode levar ao parto prematuro e a aborto, e causar
no bebe sepse e meningite neonatal.
A forma invasiva de
listeriose acomete principalmente mulheres
grávidas, no terceiro trimestre da gravidez, indivíduos imunodeficientes principalmente com câncer,
transplantados , portadores de HIV, sob terapia imunossupressiva e também
idosos.
Já a forma não
invasiva a listeriose gastrintestinal pode causar infecções brandas, semelhantes
a uma gripe, até surtos de gastrenterite febril em indivíduos saudáveis, mas
normalmente não evolui para óbito.
Sintomas
Os sintomas mais
comuns são febre, fadiga, mal-estar, podendo haver ou não à presença de náusea, vômito, dores abdominais e diarreia.
Diagnóstico e identificação
A pesquisa de Listeria
monocytogenes em alimentos pode ser realizada utilizando-se métodos de
cultivo tradicionais, seguidos de caracterização bioquímicas ou por meio de técnicas alternativas como Reação em Cadeia
de Polimerase( PCR).
Já o diagnóstico
da listeriose em humanos é realizado a partir do isolamento da bactéria do
sangue, do fluido cefalorraquidiano, da placenta e do feto. Porém a infecção,
na maioria das vezes, não é diagnosticada na gravidez pela dificuldade das
técnicas microbiológicas em isolar o microrganismo ou pelas alterações histológicas
encontradas nas placentas que confundem a listeriose com outras doenças.
Tratamento
O tratamento é realizado a base de antibióticos como ampicilina, tetraciclina,
cloranfenicol e eritromicina. Bebês com listeriose recebem os mesmos
medicamentos que os adultos, embora uma combinação de antibióticos seja muitas
vezes usada.
Prevenção
A prevenção está
ligada, principalmente, à higienização das mãos do manipulador de alimentos e à
conscientização do consumidor. Deve–se submeter os alimentos à cocção e evitar o
consumo de leite in natura , queijos feitos com leite não-pasteurizado e
vegetais crus sem lavagem adequada. Também sugere as indústrias alimentícias
uma maior atenção na higienização de
equipamentos , utensílios e treinamento
dos manipuladores a boas práticas de fabricação e controle , visando à produção de alimentos seguros para consumo.
Referências :
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