Muito comum em áreas rurais aqui de Minas, a serralha pode ser consumida na forma de chás, sopas e salada, mas recentemente uma pesquisa realizada na Universidade Federal de Lavras, mostrou que a serralha também pode ajudar no tratamento do vitiligo.
O que é o
Vitiligo?
O vitiligo é uma doença não contagiosa caracterizada
pela perda de coloração da pele. As lesões tem origem quando a diminuição ou
ausência dos melanócitos, que são as células responsáveis pela produção da
melanina, o pigmento responsável por dar cor a pele.
As causas das doenças não são muito conhecidas ainda, porém
acredita-se que traumas e fatores emocionais podem ter ligação com o seu
surgimento.
O paciente portador de vitiligo apresenta como sintoma
a aparecimento de lesões cutâneas de hipopigmêntação, com manchas brancas de
tamanho variável na pele. O vitiligo não é contagioso e não apresenta prejuízos
a saúde física do paciente apesar de alguns pacientes relatarem uma maior sensibilidade
nas áreas afetadas.
A principal preocupação dos especialistas em relação
ao vitiligo é a saúde emocional e qualidade de vida do paciente, uma vez que a
doença exerce forte impacto na autoestima do portador, sendo em alguns casos
recomendado até mesmo o acompanhamento psicológico.
Serralha no
tratamento do vitiligo.
A Serralha (Sonchus Oleraceus), também conhecida como cerraia, é popularmente
consumida na forma de sopa e saladas pode ter potencial uso no tratamento do
vitiligo, uma vez que a presença do aminoácido fenilalanina na planta apresenta
potencial para repigmentação da pele.
Um estudo realizado na Universidade Federal de
Lavras está avaliando a possibilidade da utilização do extrato de serralha no
tratamento do vitiligo.
Para a avaliação da capacidade antioxidante do
extrato de serralha, os estudos são realizados em peixes zebrafish,
popularmente conhecidos como paulistinha ou peixe-zebra, essa espécie de peixe
apresenta cerca de 70% dos genes semelhantes aos genes humanos, o que é um
número muito maior quando comparado aos camundongos, que são popularmente
utilizados em pesquisas.
Durante os experimentos, extratos de serralha em diferentes concentrações foram aplicados nos aquários. Os primeiros resultados mostraram que os extratos causaram toxicidade aos embriões, porém estimularam a capacidade de pigmentação nos mesmos. Os próximos passos são estudar o que acontecem em relação aos genes do peixe.
Referências
Bibliográficas:
http://www.stip.org.br/situacoes-de-risco-no-trabalho-podem-dar-origem-a-vitiligo/
https://unebrasil.org/2020/12/06/os-beneficios-da-serralha-planta-medicinal-rica-em-vitaminas/
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