Desconhecimento da presença de açúcar em alimentos, você
realmente sabe o que está comendo?
Em pesquisa
encomendada pela WWVigilantes do Peso em parceria com a Opinion Box revelou que
37%dos brasileiros não reconhecem a presença de açúcar em determinados
alimentos e acaba ultrapassando o consumo diário recomendado pela OMS.
Recomendações da OMS
Em 4 de setembro
de 2015 a Organização mundial da saúde lançou um novo guia com as recomendações
de consumo de açúcar para adultos e crianças. Atualmente a recomendação é que o
consumo diário não ultrapasse 10% das calorias ingeridas diariamente,
considerando uma dieta saudável, um consumo de açúcar reduzido próximo a 5% das
calorias ingeridas (aproximadamente 25 g/dia) pode acarretar em maiores
benefícios.
O açúcar total
consumido é composto tanto pelo açúcar comum de mesa quanto o açúcar acrescido
ao preparo de alimentos e alimentos ultraprocessados.
Grande parte do
açúcar consumido pela população brasileira está mascarado, em alimentos
ultraprocessados, como refeições de fast-food,
tempero, refrigerantes sucos industrializados.
Sobre o estudo
O levantamento
foi realizado com mais de 1000 pessoas com idades entre 18 e 50 anos em todas
as regiões do Brasil. 85% dos participantes mostraram estar cientes sobre as
recomendações da OMS, porém boa parte demostrou não saber quais alimentos
continham açúcar em sua composição, pois apenas 25% dos participantes tinha o
hábito de ler os rótulos e tabelas nutricionais.
O conhecimento
sobre a presença do açúcar se restringe ainda mais uma vez que as indústrias
brasileiras não tem obrigatoriedade em reportar se o açúcar está presente em
seus produtos ou não e muitas vezes este pode estar camuflado com outros nomes
tais como, sacarose, maltodextrina, glucose, xarope de milho, que nada mais são
do que açúcar, e que a maioria da população desconhece por estes termos.
Cerca de 93% dos
participantes reconheceram a presença de açúcar em bolos e tornas, porém apenas
45% reconheceram a presença em macarrão e demais massas. Os carboidratos comuns
tiveram as maiores taxas de consumo semanal (52%) ao lado de produtos como
doces e biscoitos (53%).
A pesquisa ainda
demonstrou que na atual situação que vivemos nesta pandemia, com o isolamento
social, os hábitos alimentares pioraram para 43% dos participantes, e a
preferência por alimentos com concentrações elevadas de açucares como doces, pães
e carnes aumentaram o consumo de chocolates, bolos, tortas e bebidas alcoólicas
também aumentaram muito, uma vez que estes alimentos estão associados a
sensação de felicidade e conforto, e apenas 14% dos participantes afirmaram que
não houve aumento no consumo destes alimentos durante esse período.
O consumo
desregrado do açúcar pode colaborar para o aparecimento de patologias que podem
se desenvolver de maneira rápida ou em um longo prazo. Cerca de 91% dos
pacientes tinham consciência de que o consumo excessivo de açúcar poderia
potencializar o aparecimento de Diabetes enquanto 80% viam como principal
problema a obesidade e 71% o aparecimento de cáries dentarias.
A ingestão
excessiva de açúcar pode resultar apenas não em diabetes, que é uma patologia seguida
por diversas complicações secundarias, porém doenças cardíacas, aumento nos
níveis de colesterol, indisposição, dificuldade de concentração e aparecimento
de acne podem ser sintomas do consumo excessivo de açúcar.
Tendo em vistas
esses problemas que podem surgir devido ao consumo excessivo de açúcar, vale
apena adotar hábitos mais saudáveis para um vida toda, e também é sempre bom
lembrar que devemos ficar de olho nos rótulos de alimentos e tabelas
nutricionais, pois o açúcar pode estar escondido atrás de um nome bonito.
Referências
bibliográficas:
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