A doença de Crohn, descrita pela primeira vez em 1932, por Gunzburg e
Oppenheimar consiste em uma inflamação
crônica granulomatosa que atinge grande parte da população mundial, entre esses
indivíduos que sofrem desse desconforto que vai desde a boca até o ânus,
encontra-se em grande parcela os jovens, fazendo com que essa doença assuma
quadros clínicos de alta gravidade (SOUZA, et al. 2008). Esse grande problema
de saúde que pode ocorrer em qualquer parte do tubo digestivo, comumente se
manifesta no íleo terminal (parte inferior do intestino delgado) e cólon, sendo
sua causa inespecífica e comprometendo o organismo.
Figura 1: O trato gastrintestinal
Dessa forma, o intestino que possui uma série de trabalhos essenciais,
entre eles, a função de absorção de nutrientes e eliminação de toxinas, fica
comprometido com a doença, podendo ocorrer uma interferência na quebra de
alimentos, que ao serem digeridos de forma incompleta podem ocasionar diarreia
e dores abdominais.
Nesse sentido, quando há um estágio de crise, é comum os portadores
apresentarem diarreias, náuseas, dores abdominais, constipação, entre outros,
que prejudicam a nutrição, ocasionando assim,
desidratação, falta de fluidos, nutrientes e eletrólitos no corpo, além
de possuírem menor apetite, por decorrência de sensação de
sabor alterado, dor abdominal, náusea e grande necessidade de evacuação,
contribuindo para que esses indivíduos
diminuam a quantidade de ingestão de alimentos, no intuito de se precaver dos
sintomas, tendo assim chances de se desnutrir.
E como a terapia nutricional contribui de forma eficaz no tratamento da
doença de Cronh?
Apesar de não haver uma dieta
específica e não existir indícios de que algum alimento em especial, ocasione,
previna ou cure a doença de Cronh, a dieta é sempre indicada por especialistas
para amenização dos sintomas, contribuindo para redução do progresso da doença.
Alguns dos alimentos mais indicados para o tratamento são:
-
carnes magras (que não apresentam gordura aparente ou
pele);
-
leite sem lactose (quando apresentado intolerância);
-
pão, broa de
milho, torradas e bolachas simples;
-
frutas como banana e maçã;
-
legumes, como
batata, inhame, aipim;
-
algumas
leguminosas que podem ser consumidas somente o caldo, sendo elas, grão de bico,
lentilha, feijão e ervilha;
-
cereais como arroz branco, macarrão;
-
temperos naturais;
-
bebidas claras (água e chá).
Figura 2: alimentos que contribuem
para a amenização da doença de Crohn
Figura 3: alimentos prejudiciais
Pode-se então observar, por meio dos alimentos comumente indicados que
os portadores da doença devem evitar alimentos ricos em gorduras saturadas, com
abundância de lactose, fibras, açúcar e condimentos.
Ao consumir
tais alimentos saudáveis, o organismo desses indivíduos absorve nutrientes que
favorecem uma melhora no sistema imunológico e são necessários para o
tratamento da doença de Cronh, conforme a tabela abaixo:
Tabela 1: Necessidade
e suplementação de vitaminas, minerais e oligoelementos na doença de Crohn
Adaptado de Eiden AK,
2003.
Além do
consumo de alimentos saudáveis que proporcionam a produção de componentes
necessários para impedir crises, pesquisas apontam que também faz-se necessário
seguir algumas dicas:
-
Realizar de cinco a seis refeições por dia, sendo elas,
três lanches e duas refeições principais (em pequenas quantidades);
-
Comer com calma, para a boa digestão dos alimentos
-
Trocar açúcar por adoçante;
-
Consumir em média dois litros de água por dia
-
Evitar preparações com muito óleo (optando por assados
e cozidos).
Considerações
finais
Considerando que a doença de
Cronh seja multifatorial, podendo ter se
desenvolvido por fatores genéticos e/ou ambientais, acometendo inúmeros
indivíduos e não tenha sido possível encontrar até o momento um medicamento
eficaz que fosse capaz de contribuir para que não houvesse mais repetição e
agravamento de crises, a terapia nutricional e utilização de medicamentos
permanentes para o alívio da doença é fundamental. Em todos os casos, faz-se
necessário que toda dieta e medicamentos que envolvam o tratamento sejam
acompanhados por um médico.
Referências
http://www.clinicacedig.com.br/dicas/nutricao/item/dietoterapia-nos-disturbios-gastrintestinais.html
Figura 1:
retirada do manual de nutrição dieta e DII
Figura 2:
retirada do site tua saúde
Figura 3: retirada do site tua saúde
Tabela 1:
retirada do Terapia nutricional nas doenças inflamatórias intestinais: artigo
de revisão
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