Probióticos e Prebióticos (Fonte:Vix) |
Os
probióticos são bactérias benéficas que vivem no intestino e melhoram a saúde
geral do organismo, trazendo benefícios como facilitar a digestão e a absorção
de nutrientes, e fortalecer o sistema imunológico. Assim, a utilização
de culturas bacterianas probióticas estimula a multiplicação de bactérias
benéficas, em detrimento à proliferação de bactérias potencialmente
prejudiciais, reforçando os mecanismos naturais de defesa do hospedeiro.
Alimentos ricos em fibras (Fonte: moovenutrition) |
Prebióticos
são fibras alimentares não digeríveis que afetam beneficamente o hospedeiro,
por estimularem seletivamente a proliferação ou atividade de populações de
bactérias desejáveis no cólon. Adicionalmente, o prebiótico pode inibir a
multiplicação de patógenos, garantindo benefícios adicionais à saúde do
hospedeiro. Esses componentes atuam mais frequentemente no intestino grosso,
embora eles possam ter também algum impacto sobre os microrganismos do
intestino delgado.
Existem
duas formas principais de ingerir probióticos: a primeira é feita através do
aumento do consumo de alimentos com probióticos naturais, como o iogurte ou o
kefir, por exemplo, e a outra é através do uso de suplementos com probióticos.
Alimentos que contém probióticos
(Fonte: blog.cicloorganico)
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Inúmeros lacticínios probióticos são disponíveis comercialmente e a variedade desses produtos continua em expansão. Muita pesquisa em termos de probióticos encontra-se voltada para produtos como leites fermentados e iogurtes, sendo estes os principais produtos comercializados no mundo, contendo culturas probióticas. Outros produtos comerciais contendo essas culturas incluem sobremesas à base de leite, leite em pó destinado a recém-nascidos, sorvetes, sorvetes de iogurte e diversos tipos de queijo, além de produtos na fórmula de cápsulas ou produtos em pó para serem dissolvidos em bebidas frias, alimentos de origem vegetal fermentados e maionese.
Entretanto, é importante
salientar que um produto probiótico deve conter uma ou mais cepas bem
definidas, uma vez que os efeitos probióticos são específicos para determinadas
cepas em especial. Assim sendo, a validação da função probiótica ou o
monitoramento do impacto probiótico de uma preparação de microrganismos com uma
composição desconhecida é cientificamente inaceitável.
Probióticos em cápsulas (Fonte: tuasaúde)
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Além dos alimentos, os probióticos também podem ser consumidos na forma de suplementos em cápsulas, líquidos ou sachês, que devem ser diluídos em água ou sucos naturais para serem consumidos. Alguns exemplos são o PB8, Simfort, Simcaps, Kefir Real e Floratil. Existem vários tipos de suplementos, que incluem entre 1 até 10 tipos diferentes de probióticos. Os mais importantes normalmente são Bifidobacteria animalis o qual ajuda a fortalecer o sistema imune, além de ajudar na digestão e no combate a bactérias transmitidas por comida contaminada. Bifidobacteria bifidum: estão presentes no intestino delgado e grosso, ajudando na digestão dos lacticínios. Bifidobacteria breve: estão presentes no intestino e no trato vaginal e ajudam a combater infecções por bactérias e fungos e Bifidobacteria longum é um dos tipos de probióticos mais comuns no intestino e ajuda a eliminar toxinas do organismo;
Quanto maior a diversidade de
probióticos, assim como o número de bactérias dentro de cada comprimido,
melhor será o suplemento, pois facilitará o desenvolvimento mais rápido de uma
flora intestinal saudável. Idealmente os probióticos devem ser ingeridos antes
ou logo após uma refeição, para que os alimentos ajudem as bactérias a
sobreviver ao ácido gástrico e a chegar até ao intestino, onde podem se
multiplicar mais facilmente.
É importante lembrar que o
consumo de probióticos na forma de suplementos ou de alimentos ricos nessas
bactérias, também é importante manter uma alimentação saudável ricas em fibras,
pois as fibras são os principais alimentos para os probióticos, favorecendo sua
sobrevivência no intestino.
Imagem: Lactobacillus
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Imagem: Bifidobacterium
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Imagem: Enterococcus faecium
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Bactérias
pertencentes aos gêneros Lactobacillus e Bifidobacterium e,
em menor escala, Enterococcus faecium, são mais frequentemente
empregadas como suplementos probióticos para alimentos, uma vez que elas têm
sido isoladas de todas as porções do trato gastrintestinal de um indivíduo
saudável. O íleo terminal e o cólon parecem ser, respectivamente, o local de
preferência para colonização intestinal dos lactobacilos e bifidobactérias. Entretanto,
deve ser salientado que o efeito de uma bactéria é específico para cada cepa,
não podendo ser extrapolado, inclusive para outras cepas da mesma espécie.
Em
condições normais, inúmeras espécies de bactérias estão presentes no intestino,
a maioria delas anaeróbias estritas. Essa composição torna o intestino capaz de
responder a possíveis variações anatômicas e físico-químicas. A microbiota
intestinal exerce influência considerável sobre série de reações bioquímicas do
hospedeiro. Paralelamente, quando em equilíbrio, impede que microrganismos
potencialmente patogênicos nela presentes exerçam seus efeitos patogênicos. Por
outro lado, o desequilíbrio dessa microbiota pode resultar na proliferação de
patógenos, com consequente infecção bacteriana.
A
microbiota saudável é definida como a microbiota normal que conserva e promove
o bem-estar e a ausência de doenças, especialmente do trato gastrintestinal. A
correção das propriedades da microbiota autóctone desbalanceada constitui a
racionalidade da terapia por probióticos. A influência benéfica dos probióticos
sobre a microbiota intestinal humana inclui fatores como os efeitos antagônicos
e a competição contra microrganismos indesejáveis e os efeitos imunológicos.
Dados experimentais indicam que diversos probióticos são capazes de modular
algumas características da fisiologia digestiva, como a imunidade da mucosa e a
permeabilidade intestinal. A ligação de
bactérias probióticas aos receptores da superfície celular dos enterócitos
também dá início às reações em cascata que resultam na síntese de citocinas.
O
conhecimento da microbiota intestinal e suas interações levou ao
desenvolvimento de estratégias alimentares, objetivando a manutenção e o estímulo
das bactérias normais ali presentes. É possível aumentar o número de
microrganismos promotores da saúde no trato gastrintestinal (TGI), através da
introdução de probióticos pela alimentação ou com o consumo de suplemento
alimentar prebiótico, o qual irá modificar seletivamente a composição da
microbiota, fornecendo ao probiótico vantagem competitiva sobre outras
bactérias do ecossistema.
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